GARIMPO ILEGAL E DEGRADAÇÃO DE RIOS:

UM PANORAMA GEOGRÁFICO DO BRASIL E DE MOÇAMBIQUE

Autores

  • FRANCIANE ARAÚJO DE OLIVEIRA Universidade Federal de Jataí
  • HAGIRA NAIDE GELO MACHUTE Universidade Pedagógica de Maputo

DOI:

https://doi.org/10.31668/mirante.v16i3.14379

Resumo

O objetivo do presente artigo é realizar algumas reflexões acerca dos garimpos ilegais, das destruições dos rios e as consequentes violências – ecológicas, psicológicas e humanitárias – praticadas nesses garimpos, tanto no Brasil quanto em Moçambique. No Brasil, vivemos, entre (2019 e 2022), uma crise humanitária e sanitária que assola, sobretudo, os povos indígenas, especialmente nas Terras Indígenas Yanomamis. Em Moçambique, os garimpos ilegais são cada vez mais presentes, principalmente em Montepuez, distrito da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, e em Manica, outro distrito da província de Manica no centro de Moçambique. Os elos entre a problemática do garimpo ilegal no Brasil e em Moçambique são muitos, dentre os quais: a destruição e a contaminação de rios com mercúrio – que é uma ameaça para a saúde planetária – e as violações de diferentes direitos humanos. Conceitualmente, as explorações do garimpo ilegal podem ser pensadas a partir da concepção de injustiça ambiental, conforme aponta Sousa (2019). Ao longo da pesquisa, evidencia-se que o garimpo ilegal ganhou forças no Brasil com o projeto de espoliação da natureza e da cultura indígena, exacerbado nas eleições de 2018.  Em Moçambique, a pesquisa constata que o garimpo ilegal dos recursos minerais remete a um paradoxo de desenvolvimento, os aparentes aspectos positivos escondem enormes impactos negativos ao ambiente.

Palavras-chave: Rios. Garimpos ilegais. Injustiças ambientais.

Biografia do Autor

  • FRANCIANE ARAÚJO DE OLIVEIRA, Universidade Federal de Jataí

    Doutora em Geografia e Pesquisadora do Programa de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional FAPEG/CNPq, Universidade Federal de Jataí, Jataí / GO

  • HAGIRA NAIDE GELO MACHUTE, Universidade Pedagógica de Maputo

    Doutoranda em Geografia da Universidade Pedagógica de Maputo (Moçambique) e Pesquisadora do Grupo GeoÁfrica, Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro / RJ

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Publicado

2023-09-18