O símbolo em cadeias: o underground estético na poesia contemporânea brasileira

Autores/as

  • Wesley Michel Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Palabras clave:

Underground estético, Angústia da influência, Poesia contemporânea brasileira

Resumen

Este trabalho objetiva estudar, sob a aplicação da teoria da angústia da influência construída e proposta pelo crítico literário estadunidense Harold Bloom, o recente movimento poético e literário contemporâneo do cenário brasileiro que responde pelo título de underground estético. O movimento, através de seu original diálogo com o cânone literário ocidental, parece responder à profecia bloomiana homônima exposta em sua magnum opus O Cânone Ocidental, a qual predisse o florescimento daquilo chamado underground estético, o que quebraria o paradigma literário contemporâneo. Ainda, a presente investigação debruça-se sobre as possíveis motivações e deliberação dos poetas que compõem o underground estético acerca do seu trabalho poético. Como aporte teórico deste estudo, lançamos mão da obra de referência de Harold Bloom sobre a anxiety of influence (1973), sua teoria poética original, e dos últimos ensaios e críticas sobre o underground estético capitaneados pelo poeta e crítico literário baiano Wladimir Saldanha, que esteve, no Brasil, mais profundamente absorto, nos últimos anos, no cenário poético contemporâneo e na abordagem bloomiana da poesia.

Referencias

BÍBLIA, N. T. “Carta aos Filipenses”. In: Bíblia Sagrada. Tradução de Padre Luis Alonso Schökel. 3. ed. São Paulo, SP: Editora Paulus, 2017.

BILAC, Olavo; PASSOS, Guimaraens. Tratado de Versificação. Rio de Janeiro, RJ: Livraria Francisco Alves, 1905.

BLOOM, Harold. A angústia da influência: uma teoria da poesia. Rio de Janeiro: Imago, 1991.

BLOOM, Harold. “Uma Elegia para o Cânone”. In: O Cânone Ocidental: Os Livros e a Escola do Tempo. Rio de Janeiro: Objetiva, 1994. p. 23-47.

BORGES, Jorge Luis. “Kafka e seus precursores”. In: Outras inquisições: (1952). São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 127-130.

CARPEAUX, Otto Maria. “Ensaio de análise em profundidade”. In: Ensaios reunidos: 1942 – 1978. Vol. 1. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999, p. 116-122.

CARPEAUX, Otto Maria. História da Literatura Ocidental. 3. ed. Brasília: Senado Federal, 2008.

ELIOT, T. S. “Introduction”. In: POUND, Ezra. The Selected Poems of Ezra Pond. Londres: Faber, 1948. p. 7-21.

ELIOT, T. S. “Reflections on Vers Libre”. In: New Statesman. Londres, v. 8, n. 204, p. 518-519, mar. 1917.

MOISÉS, Carlos Felipe. “Indagações sobre o verso livre”. Dicta&Contradicta, São Paulo, IFE, n. 4, 9 dez. 2009. Caderno de Literatura. Disponível em: http://www.dicta.com.br/edicoes/edicao-4/indagacoes-sobre-o-verso-livre/. Acesso em: 27 jul. 2023.

ROBERTO MALLET. Conversa entre poetas #1. YouTube, 11 jun. 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=xFsXwgcxsRc&ab_channel=RobertoMallet.

SALDANHA, Wladimir. “Estudo de caso: pesadelo recorrente ou sete passos para uma interpretação alegórica”. In: Modos de romper a névoa: crítica de poesia brasileira contemporânea e temas afins. Itabuna: Mondrongo. 2020. p. 224-230.

SALDANHA, Wladimir. “O underground estético e o Pavão Bizarro: uma leitura bloomiana da poesia de Emmanuel Santiago”. In: Modos de romper a névoa: crítica de poesia brasileira contemporânea e temas afins. Itabuna: Mondrongo, 2020. p. 184-223.

SALDANHA, Wladimir. Poesia brasileira em contracorrente: o retorno estético do século XXI. Itabuna: Mondrongo, 2019.

SECCHIN, Antonio. “Poesia e gênero literário”. In: Escritos sobre poesia & alguma ficção. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2003. p. 249-256.

SECCHIN, Antonio. “Em torno do verso”. In: Papéis de poesia II. São Paulo: Editora Unesp, 2022. p. 17-20.

SECCHIN, Antonio. “Parnaso contemporâneo II”, In: Poesia e desordem: escritos sobre poesia & alguma prosa. Rio de Janeiro: Topbooks, 1996. p. 165-169.

SEXTINA. In: MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974.

Publicado

2025-10-10

Número

Sección

Primeiras Letras