Do espaço estratégico ao urbano possível: (contra)tempos do direito à cidade

Autores

  • Adriano Botelho Ministério das Relações Exteriores.

Resumo

O presente artigo tem como tema as relações entre o modo capitalista de produção contemporâneo e a urbanização global da sociedade. Seu objetivo é interpretar, a partir das noções de “revolução urbana” e “direito à cidade”, propostas por Henri Lefebvre, algumas das transformações do urbano no contexto de crise e reestruturação do modo de produção capitalista das últimas décadas, reestruturação que possui importantes relações com a sociedade, a política, o espaço, a cultura e o cotidiano. Nesse sentido, se discutirá o papel da cidade como mediação entre o que Lefebvre chamou de ordem distante (aquela do capital global e do Estado) e a ordem próxima ou imediata (aquela do cotidiano, das relações interpessoais), considerando a possibilidade do ressurgimento da cidade como lugar estratégico da luta por uma outra “realidade possível” (utopia), possibilidade aberta pela urbanização da sociedade e, igualmente, pela crise do capitalismo. 

Biografia do Autor

  • Adriano Botelho, Ministério das Relações Exteriores.

    Economista pela FEA-USP e Bacharel em Geografia pela PUC-SP. Mestre e Doutor em Geografia Humana pela FFLCH-USP, com interesse em Geografia Urbana e Geografia Econômica. Exerce atualmente função de diplomata no Ministério das Relações Exteriores.

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Publicado

2014-02-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Do espaço estratégico ao urbano possível: (contra)tempos do direito à cidade. (2014). Élisée - Revista De Geografia Da UEG, 2(2), 92-107. //www.revista.ueg.br/index.php/elisee/article/view/1968