“FERAS INDIGNAS DE PIEDADE”: discurso intelectual e estigmatização dos sertanejos no conflito do contestado

Autores

  • Alexandro Neundorf PUC-PR.
  • Aruanã Antonio dos Passos UEG/Unidade de Goiás.

Palavras-chave:

Intelectuais, Guerra do Contestado, discurso, poder, violência.

Resumo

O trabalho discute as tensões entre as formações discursivas vinculadas na imprensa periódica paranaense por seus intelectuais e que tomaram por escopo a dominação e produção de sentidos para os sertanejos durante o Conflito do Contestado (1912-1916). Parte-se da reiterada imagem construída por esses intelectuais em torno das características de oposição a tudo que se considerava como centro de orientação da modernidade e civilidade em falta, segundo aqueles, por parte das populações sertanejas residentes na área de abrangência do conflito. Assim, os qualificativos atribuídos a psicologia, comportamento e ação dos sertanejos objetivou a orientação ideológica da posição dos paranaenses diante do confronto entre as populações resistentes e os interesses em se determinarem veredas de evolução econômica na região contestada. Questões sensíveis agravam essas significações: a religiosidade cabocla, a “distância” entre o Estado e a população local, a imposição de forças de dominação extremamente violentas e a imposição de um sistema de dominação.

 

PALAVRAS-CHAVE: Intelectuais, Guerra do Contestado, discurso, poder, violência.

Biografia do Autor

  • Alexandro Neundorf, PUC-PR.

    Doutor em História. Docente PUC-PR.

  • Aruanã Antonio dos Passos, UEG/Unidade de Goiás.

    Mestre em História. Docente UEG/Unidade de Goiás.

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Linguagem e saúde mental