ENTRE IMAGEM E DISCURSO

UMA ANÁLISE DOS QUADRINHOS FIXAÇÃO, DE HELUIZA BRIÃO E CÁTIA ANA BALDOINO DA SILVA

Autores

  • Mariany Silva Dias de Melo Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de Iporá
  • Fernanda Surubi Fernandes Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de Iporá https://orcid.org/0000-0002-5537-999X

Resumo

Este estudo analisa o quadrinho Fixação, de autoria de Heluiza Brião e Cátia Ana Baldoino da Silva (2020), procurando entender como se dá a constituição dos sujeitos e dos sentidos em sua materialidade significativa, a partir do suspense e do horror. Ao ler uma história em quadrinhos, compreende-se que vários sentidos são possíveis a partir da ilustração na relação com a escrita, mas mesmo esses vários sentidos são determinados a partir do processo discursivo em que se relaciona a imagem produzida com a memória constitutiva dos sentidos, ou seja, a memória discursiva (Orlandi, 2007). Nessa relação, a materialidade se dá também a partir dessa condição, pois ocorre a relação entre a forma e a história para assim produzir efeitos. Nessa direção, este artigo baseia-se na Análise de Discurso para poder entender pelo viés dos estudos discursivos com base em Orlandi (2007), como os sentidos são produzidos pelo/no quadrinho. Para isso, esta pesquisa apresenta a relação discurso e história em quadrinhos a partir de McCloud (1995), Postema (2018); depois sobre horror e quadrinhos (Milanez, 2011), para então analisar o quadrinho Fixação. Compreende-se que os sujeitos e os sentidos materializados pelos quadrinhos são produzidos a partir do jogo entre a memória e a imagem. Assim, temos, no quadrinho analisado, o desejo e obsessão por algo, que vai além da própria morte, simbolizado pelo personagem-fantasma Clara. Dessa forma, a memória retorna na materialização do quadrinho e no ato de leitura enquanto efeito. 

Biografia do Autor

  • Mariany Silva Dias de Melo, Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de Iporá

    Graduada em Letras pela Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de Iporá. Foi bolsista de Iniciação Científica PIBIC CNPq/UEG. 

  • Fernanda Surubi Fernandes, Universidade Estadual de Goiás - Unidade Universitária de Iporá

    Docente efetiva na Universidade Estadual de Goiás ­- UEG/Unidade Universitária de Iporá. Doutora em Linguística pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Líder do Grupo de Pesquisa Quadrinhos em Discurso (CNPq/UEG). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: analise de discurso, registros, mulher, prostituição, cidade, leitura, escrita.

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Publicado

2025-07-31

Edição

Seção

Tema livre