NECROPOLÍTICA E TERRITÓRIOS PROIBIDOS

A VIOLÊNCIA CONTRA PESSOAS TRANS

Autores

Resumo

O artigo aborda a relação entre biopoder, necropolítica e a violência contra pessoas trans no Brasil em 2024. Foucault, em "História da Sexualidade" (2003), destaca como os desejos sexuais são moldados por práticas sociais, culminando na transição do poder soberano para o biopoder no século XIX. Judith Butler e Paul B. Preciado ampliam a compreensão de gênero, desafiando a ideia de uma verdade interna, enquanto Achille Mbembe critica a biopolítica de Foucault, essencial para entender políticas cisnormativas. A violência contra pessoas trans em 2022 (131 assassinatos e 20 suicídios) reflete exclusão e marginalização. A exploração dos "Territórios Proibidos," como a prostituição trans, revela estigmatização e marginalização, resultantes de um sistema colonialista e fascista. A metodologia adotada envolve revisão bibliográfica, analisando fontes teóricas de Foucault, Mbembe e Butler, e um levantamento bibliográfico sobre a violência contra pessoas trans no Brasil. A dialética é empregada para conectar necropolítica, territorialidades proibidas e violência, identificando elementos contraditórios e relações de poder. A abordagem revela as complexas dinâmicas sociais que perpetuam a exclusão e violência contra pessoas trans. Em síntese, o artigo destaca que a "verdade" sobre o sexo é uma construção reguladora que molda identidades por meio de normas discriminatórias de gênero. A relação entre necropolítica, territorialidades proibidas e violência é crucial para compreender as dinâmicas sociais na sociedade brasileira em 2024.

Biografia do Autor

  • ERENITA KARINE PADILHA DEITOSS, Universidade Federal de Jataí (UFJ)

    Mestranda em Geografia pela Universidade Federal de Jataí (UFJ), Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com habilitação em Análise Ambiental, Administradora Pública pela Universidade Federal de Catalão (UFCAT) , possui experiencia como Coordenadora Administrativa Financeira em órgão Público Estadual. Atualmente é membro do Laboratório de Geografia Urbana e da Saúde da UFJ. Tem experiência na área de Geografia, atuando principalmente nos seguintes temas: Meio Ambiente, Geografia Urbana e Geografia da Sexualidade.

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Publicado

2025-02-26