MULHERES, QUADRINHOS E DISCURSO

UMA ANÁLISE DO CORPO FEMININO EM O CONTO DA AIA

Autores

Resumo

O presente estudo aborda a violência contra a mulher por meio de uma análise do corpo feminino em O Conto da Aia, de Margaret Atwood (2019), focando na obra quadrinística, adaptada por Renée Nault. A obra expõe como a violência contra a mulher se desenvolveu historicamente e continua até os dias de hoje, independentemente do quanto o poder feminino tenha se desenvolvido. A obra segue uma linha que mostra a ficção como uma distopia que não descreve um futuro possível, mas uma realidade atual conservadora que se espalhou pelo mundo nos últimos anos. Uma realidade onde a mulher é considerada por muitos como um sujeito inferior. A violência contra o corpo feminino é exposta na história sem censura, produzindo uma maximização do que acontece nos becos e vielas de muitas cidades do Brasil e do mundo. A crueldade e a opressão que Offred e todas as aias sofrem, é uma analogia sobre o que acontece no meio social e em relacionamentos abusivos, onde os homens continuam a subjugar as mulheres simplesmente por serem quem são impondo-lhes a realidade do terror e da escravidão social. Tudo isso é materializado nos quadrinhos a partir do traço, das cores e dos enquadramentos que significam o corpo da mulher.

Biografia do Autor

  • Joseleide Alves Pinto, Universidade Estadual de Goiás - Unidade de Iporá

    Graduada em Letras-Português/Inglês pela Universidade Estadual de Goiás - UEG/Iporá. Pós-graduada em "Letramento, Produção de Sentidos e Escrita" pela Universidade Estadual de Goiás. 

  • Fernanda Surubi Fernandes, Universidade Estadual de Goiás - Campus Ipor´´a. Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Cáceres.

    Doutora em Linguística pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Docente efetiva na Universidade Estadual de Goiás ­- UEG/Unidade Universitária de Iporá. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: analise de discurso, registros, mulher, prostituição, cidade, leitura, escrita.

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Publicado

2024-09-16

Edição

Seção

Linguagem e saúde mental