VOZES FEMININAS NA LITERATURA DE AUTORIA INDÍGENA CONTEMPORÂNEA
UM ENCONTRO COM ELIANE POTIGUARA
DOI:
https://doi.org/10.31668/buildingtheway.v13i2.14579Resumo
O trabalho em questão aborda a escrita contemporânea de autoria indígena feminina no Brasil, concentrando-se na obra "Metade Cara, Metade Máscara" de Eliane Potiguara (2018). Ele adota uma abordagem crítica feminista e se baseia nos estudos culturais latino-americanos. Além disso, incorpora reflexões de diversos pensadores, incluindo Daniel Munduruku, Graça Graúna, Chimamanda Ngozi Adichie, Heloisa Buarque de Hollanda, Heliene Rosa da Costa, Liane Schneider e Julie Dorrico. O pesquisador reconhece sua própria subjetividade e experiências pessoais como influências em sua pesquisa literária. Ele busca trazer a voz das mulheres indígenas para discussões sobre literatura, cultura, sociedade brasileira e feminismo, sem pretender ocupar o lugar de fala delas. A pesquisa se baseia na noção de "lugar de fala" e a responsabilidade política de falar contra a opressão, especialmente quando se tem privilégio. A autora Linda Alcoff é citada, questionando se a responsabilidade é abandonada ao não falar sobre aqueles que não estão no lugar de privilégio. Finalmente, o estudo promove uma forma inovadora de empatia e troca, buscando gerar novas perspectivas de reflexão e ação, considerando a obra "Metade Cara, Metade Máscara" de Eliane Potiguara como seu objeto de análise.