ENTRE A MEMÓRIA COLETIVA E A MEMÓRIA HISTÓRICA

A PRAÇA CASTELO BRANCO COMO PATRIMÔNIO DE ITAPURANGA-GO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31668/buildingtheway.v13i1.13757

Resumo

A pesquisa tem por objetivo identificar a construção de uma memória histórica em torno da principal praça pública da cidade de Itapuranga-GO, que recebeu em 1971 o nome de um dos marechais da Ditadura Militar no Brasil, sendo de interesse destacar seus usos sociais como local de manifestação política, popular e de importância coletiva, ao assumir uma dimensão simbólico-afetiva pela vivência comunitária. A literatura revista teve dois eixos centrais: o desenvolvimentismo no Brasil Central e suas relações com a Ditadura Militar no país, e estudos locais e sobre a região de Itapuranga. Além disso, foram levantados documentos a respeito da construção da praça e legislações específicas sobre os usos de suas imediações presentes em acervos bibliotecários e digitais disponibilizados pela Prefeitura de Itapuranga. As reflexões desenvolvidas demonstram que há uma narrativa oficial da história do munícipio que fortalece os discursos difundidos durante toda Ditadura Militar no Brasil, sob um ideal de “Grande Pátria”, inserindo Itapuranga como um dos lócus do pretendido progresso. No entanto, o local é lembrado coletivamente como espaço de constante enfrentamento, usado e proferido pelos principais sujeitos históricos de Itapuranga (os trabalhadores da terra), sendo a Praça Marechal Castelo Branco o local onde ocorrem os principais eventos da cidade, em termos de representação, investimento regional, participação, solidariedade e memória coletiva.

Biografia do Autor

  • Marco Antônio Câmara de Sousa, Universidade Estadual de Goiás (UEG) - Campus Cora Coralina UnU Itapuranga

    Graduado (2015-2018) em Licenciatura Plena de História pela Universidade Estadual de Goiás - Campus Itapuranga; Especialista (2020-2021) em Neuropedagogia aplicada à Educação, pela FABEC-GO; Especialista (2022) em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e o Mundo do Trabalho, pelo Centro de Educação Aberta e a Distância/UFPI; Bolsista (2016-2018) no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID, em História; Monitor (2018) das disciplinas de Formação do Conhecimento Histórico e Epistemologia das Ciências Humanas da UEG-Campus Itapuranga; Leciona (2019-presente) na disciplina de História e Arte (Ensino Fundamental), no CEPMG-Deputado José Alves de Assis, e é Coordenador de Área das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, pela SEDUC-GO 2022-presente. Atualmente, cursa pós-latu sensu Cultura, Identidade e Região (UEG-Unu Itapuranga).Tem interesse nas áreas de História Medieval e Moderna, Teoria e Metodologia da História e nos estudos sobre Educação, Cultura, Poder e Ciências Políticas.

  • Luana Nunes Martins de Lima, Universidade Estadual de Goiás (UEG) - Campus Cora Coralina UnU Itapuranga

    Doutora em Geografia pela Universidade de Brasília (2017). Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Goiás (2014). Especialista em História Cultural (2012) e Licenciada em Geografia (2013) pela Universidade Federal de Goiás. Graduada em Turismo pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (2008). Professora do curso de Geografia na Universidade Estadual de Goiás (Campus Itapuranga) e do Mestrado Profissional em Estudos Culturais, memória e Patrimônio (PROMEP), na Universidade Estadual de Goiás (Campus Cora Coralina), atuando na linha de pesquisa "Cultura, Preservação e Identidades". Coordenadora do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu "Cultura, Identidade e Região" da Universidade Estadual de Goiás (UnU Itapuranga / Campus Cora Coralina). Membro do Grupo de Pesquisa CNPq Cidades e Patrimonialização na América Latina e Caribe (GECIPA) e do Grupo de Pesquisa do CNPq: Lugares e Patrimônios (LUPA). Tem experiência na área de Geografia Humana, com ênfase em Geografia Urbana e Geografia Cultural, atuando principalmente nos seguintes temas: cidades, turismo e patrimônio; planejamento urbano e regional; manifestações culturais (patrimônio cultural, festas e comunidades tradicionais).

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Publicado

2023-06-14

Edição

Seção

Linguagem e saúde mental