EFEITOS ECONÔMICOS DA PANDEMIA DA COVID-19 NA CONSTRUÇÃO CIVIL BRASILEIRA
UM ESTUDO DE 2020 A 2021
DOI:
https://doi.org/10.31668/buildingtheway.v13i1.13634Resumo
O setor da construção civil compõe os setores industriais brasileiros. Tal atividade é fundamental para garantir o progresso social através de obras públicas ou privadas. Pensando nisso, objetivou-se abordar o seu comportamento durante o período de 2020 e 2021, marcado pela pandemia do novo coronavírus, COVID-19. Nessa ocasião, a construção civil sofreu dificuldades industriais devido ao fechamento do comércio. No mês de abril de 2020, logo após decretado o estado pandêmico no Brasil e no mundo, a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) indicou que a produção nacional de aço caiu cerca de 45,00%. Logo, foi considerado o pior momento econômico da pandemia. A partir de maio de 2020, o mercado começou a melhorar quando houve a flexibilização comercial e a construção foi considerada uma atividade essencial. Porém, ainda operando em déficit, os preços dos materiais de construção tenderam ao crescimento. O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) brasileiro de 2020 registrou um aumento de mais de 11,00% e os principais responsáveis por esse ocorrido foram os produtos ligados ao aço. Ainda nesse ambiente, a produção industrial de cimento, aço, tubos, tintas e outros materiais ligados à área construtora, sofreram queda, apresentando, em abril de 2020, apenas 47,40% de sua capacidade, enquanto a média do ano de 2019 foi de 73,28%. Dessa forma, foi demonstrado um cenário de dificuldade para o crescimento da construção civil.