RESSIGNIFICANDO O USO DO DICIONÁRIO ESCOLAR DE LÍNGUA PORTUGUESA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Resumo
Este texto tem como objetivo discutir uma ressignificação do uso do dicionário escolar de Língua Portuguesa, problematizando sobre uma tendência, ainda vigente, de subutilização do gênero verbete em atividades de ensino/aprendizagem do léxico na Educação Básica, que reduz o dicionário, tão somente, a um instrumento regulador de uso da língua escrita e falada. Essa reflexão se justifica para proposituras de prática didática de professores e aprendizes de uma língua que evidenciem o dicionário escolar como um lugar de lições de língua e linguagem e não, exclusivamente, um livro-objeto de consulta léxico-ortográfica. Quanto aos pressupostos teórico-metodológicos, filia-se, em linhas gerais, ao campo da Lexicografia Pedagógica e se configura como um estudo de abordagem qualitativa com objetivos exploratórios. Logo, essa discussão não vai no sentido de mostrar dados ou resultados de uma aplicação, mas sim, trazer reflexões sobre a temática em questão. Como conclusão, acredita-se que o subaproveitamento do gênero verbete está arraigado a um paradigma reducionista de percepção do dicionário que o limita, apenas, a uma lista de palavras que traz significados pontuais e a grafia oficial de um vocábulo, como consequência se tem uma práxis dicionarística na escola seguindo os ditames do acaso e, muitas vezes, do descaso. Para uma ressignificação dessa percepção, faz-se necessário investir em uma formação docente (inicial e/ou continuada) mais adequada que possibilite ao professor que atua na Educação Básica um melhor conhecimento e aproveitamento didático do gênero verbete.