POÉTICA DO ABSURDO- LIVRO DO DESASSOSSEGO, DE FERNANDO PESSOA
Resumo
Este artigo tem como mote principal apresentar uma reflexão sobre a Poética do Absurdo, a partir de definições teóricas de pensadores como Esslin, Camus e fragmentos do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa. Os autores buscam a reflexão e a nomenclatura diante de tantas adversidades existentes na linguagem. Camus trata do absurdo nas obras: O Estrangeiro, O mito de Sísifo; e O Homem Revoltado. Já Esslin brinda-nos com O Teatro do Absurdo. O homem revoltado é construído sobre dois pilares que serão a base para todo o desenvolvimento: o assassinato e a noção de absurdo. As duas ideias têm mais relação do que aparentam. Para Camus, o homem se frustra ao querer encontrar um sentido para a existência, na leitura ocorre um processo análogo: o leitor que ainda não está familiarizado com o sentimento do Absurdo tentará dar sentido aos atos de Meursault, julgá-lo segundo suas normas habituais, assim, também se frustrará e o condenará. Camus ao utilizar o Mito de Sísifo caracteriza seu trabalho como inútil e sem esperança. Fazendo assim, um retrato do vazio em que vivemos e do dilema enfrentado pelo homem contemporâneo que destaca o mundo imerso em irracionalidades.