A LITERATURA FEMININA AFROCENTRADA E O SEU PAPEL DE (RE)SSIGNIFICAÇÃO DO SUJEITO FEMININO SUBALTERNO NEGRO
Resumo
Este trabalho consiste em analisar o papel da literatura feminina afrocentrada e o processo de ressignificação do sujeito subalterno feminino, em especial as mulheres negras. Uma vez que vários espaços foram negados as mesmas, por intermédio da literatura e da escrita por meio da escrevivência, termo usado pela escritora negra, Conceição Evaristo, as mulheres negras passaram apropriar-se de espaços que elas aspiram, e dessa forma evidenciando sua representatividade na literatura, especialmente com suas experiências e histórias de vida. Com voz, escrita, luta e resistência, elas rompem com o sistema patriarcal, sexista e racista como um ato político, que é a escrita, instigando outras mulheres a se questionarem e a se libertarem parcialmente das suas dores da alma. Nessa perspectiva, foram analisados relatos de mulheres que participaram da disciplina A escrevivência literária: literatura como forma de sobrevivência, do curso de Licenciatura em Letras, do IFG – Campus Goiânia. A referida disciplina trouxe contos, poemas e textos de autoria feminina e negra. Com isso, buscou-se por respostas dos motivos que levam as mulheres a se identificarem com as leituras de autoras como Cristiane Sobral, Conceição Evaristo, Miriam Alves, entre outras.
Palavras-chave: Literatura Afrodescendente. Escrivência. Apagamento.