IMPACTO ECONÔMICO DAS INTERNAÇÕES POR INTOXICAÇÕES MEDICAMENTOSAS CAUSADAS POR ANALGÉSICOS, ANTIPIRÉTICOS E ANTIRREUMÁTICOS NO ESTADO DE GOIÁS, ENTRE 2008 E 2014.

Resumo

Introdução e objetivos: A morbidade provocada por medicamentos causa grande impacto nos gastos com saúde². O farmacêutico conhece os aspectos do medicamento e, portanto, pode informar adequadamente seus pacientes, minimizando os acidentes com medicamentos e seus custos relacionados¹. O objetivo desse estudo foi analisar o impacto econômico das internações por intoxicação por analgésicos, antipiréticos e antirreumáticos não opiáceos em Goiás. Metodologia: Foi realizado levantamento de gastos com internações por intoxicação acidental e não acidental por analgésicos, antipiréticos e antirreumáticos não opiáceos. A base de dados utilizada foi o DATASUS. Foram buscados dados que abrangessem o Estado de Goiás, entre 2008 e 2014. Esses dados sofreram análise qualitativa e quantitativa descritiva. Resultados e discussões: Foram registradas 104 internações e R$ 48.566,64 gastos, sendo 50,08% acidentais e 49,92% não acidentais. Catalão, Goiânia e Itumbiara apresentaram maior número de internações acidentais (4), seguidas por Vianópolis (3), Caiapônia e Palestina de Goiás (2) e demais cidades (apenas 1). Apesar de registrar apenas um caso, Anápolis teve o maior gasto, com 8.593,95 reais. Nos casos não acidentais a cidade de Hidrolândia teve 29 casos, Caçu 10, Anicuns 7, Marzagão e Valparaíso de Goiás 3 e as demais cidades apenas 1. Goiânia teve o maior gasto (R$ 12.076,31) com apenas 1 internação. A faixa etária mais prevalente em acidentais foi a de 15 aos 19 anos (22,58%), seguidos dos 40 aos 49 anos (19,35%). E nos casos de não acidentais a maior prevalência foi de 30 aos 39 anos (28,76%), seguidos de 40 aos 49 anos (14,08%). Nos dois tipos de casos o sexo masculino teve maior incidência. Conclusões: As intoxicações por medicamentos podem ser minimizadas através da atuação do farmacêutico e assim os custos poderão ser aplicados em outros setores.