MICROBIOTA FÚNGICA DISSEMINADA ATRAVÉS DE TORNIQUETES DE PUNÇÃO PERIFÉRICA DE UM HOSPITAL DE ATENDIMENTO MATERNO-INFANTIL DE GOIÂNIA-GO/BRASIL

Resumo

Introdução e objetivo: Um artigo importante para instalação de acesso vascular periférico é o torniquete, entretanto, devido o seu uso sucessivo em vários pacientes hospitalizados e ausência de recomendações específicas para sua limpeza e desinfecção, os tornam possíveis fômites em ambientes hospitalares. Este trabalho teve por objetivo detectar a presença da microbiota fúngica presente em torniquetes de punção periférica empregados em um hospital de atendimento materno-infantil em Goiânia-GO/Brasil. Metodologia: Os torniquetes, aleatoriamente escolhidos, foram imersos em frascos individuais de caldo BHI e incubados a 35°C por 48h. As amostras que apresentaram crescimento microbiano foram semeadas em Ágar Sabouraud acrescido de cloranfenicol. As colônias fúngicas, que se desenvolveram, foram identificadas por formação de tubos germinativos, clamidósporos e testes de auxanograma e zimograma. Resultados e discussões: Dos 18 torniquetes analisados, foram isolados oito micro-organismos, identificados como três (37,5%) Candida albicans, uma (12,5%) Candida parapsilosis e quatro (50,0%) Rhodotorula mucilaginosa. A detecção desses gêneros fúngicos nos torniquetes deve-se provavelmente à suas contaminações com a microbiota de superfície de pele dos pacientes hospitalizados. Uma vez que essas leveduras habitam o epitélio tecidual da pele durante toda a existência humana1 e medidas apropriadas de higienização não estejam sendo adequadamente empregadas2. Conclusão: Condutas ineficazes de limpeza e descontaminação desses artigos os tornam passíveis de colonização por leveduras patogênicas. Isso nos leva a repensar os cuidados com esse artigo, uma vez que seriam necessárias limpeza e desinfecção entre usuários e avaliação custo benefício do seu reuso.