COMPORTAMENTO SEXUAL E PRÁTICAS DE RISCO PARA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS DE CAMINHONEIROS QUE TRAFEGAM PELA BR-153

Autores

  • Diogo Rodrigues
  • Renata Barbosa
  • Suzana Diniz
  • Carla Costa
  • Keila Alcântara

Resumo

Introdução e objetivos: O Brasil possui mais de 700.000 caminhoneiros, que devido às condições de trabalho e estilo de vida se tornam susceptíveis às práticas de risco, como sexo eventual e desprotegido. Desta forma, tornam-se um grupo vulnerável ao contágio e disseminação das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Este trabalho teve como objetivo avaliar o comportamento sexual e práticas de risco para DSTs de caminhoneiros que trafegam pela BR-153. Metodologia: Estudo prospectivo (CEP065/2013). Os caminhoneiros foram recrutados aleatoriamente em um posto de combustível situado na BR-153, km 515, Goiás, entre fevereiro/2014 e janeiro/2015. Foi aplicado um questionário estruturado para avaliar o perfil sociodemográfico e o histórico de DSTs e comportamento sexual. Resultados e discussões: Dos 734 caminhoneiros entrevistados, mais de 60% residiam nas regiões Sudeste/Sul. A mediana de idade foi 41,7 anos (18 a 65 anos), 99% afirmaram ser heterossexuais, 58% casados, 37% passavam 15-30 dias longe de casa, 7,5% apresentavam mais de uma parceira fixa e 71% não usavam preservativos com esta parceira. Do total de caminhoneiros, 43% possuíam parceiras ocasionais e 12% não faziam o uso de preservativos com estas. O relacionamento com profissionais do sexo foi relatado por 19% dos caminhoneiros, 48% não conheciam os antecedentes dos parceiros e 22% já contraíram alguma DST. Conclusões: O comportamento sexual relatado pelos caminhoneiros evidencia que estes são altamente vulneráveis às DSTs, tendo em vista que grande parte, mesmo não conhecendo os antecedentes de seus parceiros eventuais, assumiram o risco das práticas sexuais desprotegidas com profissionais do sexo que compõem um grupo de alto risco para DSTs. Portanto, este grupo profissional necessita de estratégias educativas/preventivas para cessar a rede de transmissibilidade das DSTs. Agradecimentos: Ministério da Saúde/Departamento de DST/AIDS/HV.

Downloads

Publicado

2015-06-10