ESTUDO BIOMONITORADO DO EXTRATO METANÓLICO DO FRUTO DA MUTAMBA (Guazuma ulmifolia Lam.)

Autores

  • Lílian E. G. Batista
  • Eliane A. Ndiaye

Palavras-chave:

Cerrado, Extrato vegetal, Guazuma ulmifolia Lam., Artemia salina, substâncias bioativas.

Resumo

Os estudos fitoquímicos de espécies vegetais comprovam a existência de inúmeras substâncias capazes de produzir efeitos terapêuticos ou tóxicos, dependendo da concentração e da natureza química destas substâncias. O levantamento etnofarmacológico e o respeito pelo conhecimento popular são grandes trunfos no estudo farmacognóstico das plantas do Brasil, principalmente de regiões que possuem uma vegetação amplamente diversificada, como o Cerrado. Dentre as espécies vegetais encontradas no Cerrado, observamos a Guazuma ulmifolia Lam., também conhecida como mutamba ou mutambo, pertencente a família Malvaceae, que é detentora de várias atividades farmacológicas descritas, podendo ser utilizada sua casca, folhas e frutos, sendo estes últimos, pouco estudados quanto a suas propriedades terapêuticas. Objetivou-se através do estudo biomonitorado, obter do extrato metanólico dos frutos de Guazuma ulmifolia Lam. constituintes químicos ativos isolados. A extração exaustiva dos frutos de mutamba com metanol foi realizada por maceração seguida de rotoevaporação do extrato obtido e secagem em estufa até peso constante. Após a extração procedeu-se a cromatografia por partição do extrato metanólico com hexano, clorofórmio, acetato de etila e butanol, em ordem de polaridade crescente. As frações obtidas foram submetidas a avaliação citotóxica utilizando Artemia salina Leach (Meyer et al , 1982). A fração hexânica apresentou-se ativa, sendo esta fracionada por cromatografia em coluna, onde foram obtidas 10 substâncias isoladas, das quais três destas substâncias apresentaram letalidade total em concentração de 150 μg/mL, o que nos leva a caracterizar essas substâncias como potencialmente ativas. A toxicidade frente a Artemia salina pode ser correlacionada a outras atividades, como antifúngica e antimicrobiana1, que já foram descritas em estudos de outras partes da planta. As substâncias bioativas serão encaminhadas para espectroscopia para posterior identificação.

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Publicado

2015-06-10