ESTUDO MORFOANATÔMICO DOS CAULES DE Equisetum hyemale L. (CAVALINHA)

Autores

  • Lucas M. Coelho
  • Lucas P. Canêdo
  • Divina A. A. Vilhalva
  • Heleno D. Ferreira
  • Pierre A. Santos
  • Tatiana de S. Fiuza
  • Maria Helena Rezende
  • Leonice M. F. Tresvenzol

Palavras-chave:

cavalinha, Equisetum hyemale, morfoanatomia

Resumo

Introdução e objetivos: Os caules de Equisetum hyemale (cavalinha) são utilizados popularmente como diuréticos e remineralizantes1. Este trabalho teve como objetivo definir dados morfoanatômicos para os caules da E. hyemale. Metodologia: O material vegetal foi coletado no horto de plantas medicinais do Hospital de Medicina Alternativa de Goiânia. O estudo morfoanatômico foi realizado utilizando as técnicas botânicas convencionais2-4. Resultados e discussões: Os caules são tubulares, aéreos, sempre verdes, geralmente não ramificados, com até 150 cm de altura e 0,8 cm de diâmetro, fastigiados, articulados, pregueados com superfície áspera. Os brotamentos vegetativos e reprodutivos são delgados e fastigiados e podem crescer abaixo dos nós, nos caules velhos ou injuriados. Cada nó conduz um verticilo de pequenas folhas subuladas, lateralmente conadas na parte inferior formando uma bainha foliar cilíndrica verde-acinzentada com aros pretos, cintada com a idade. O ápice foliar é persistentemente preto, afilado, com margem fina e seca. Em plantas mais velhas observou-se estróbilo terminal e 4 a 5 estróbilos em ramos laterais fastigiados. Anatomicamente observaram-se duas a três camadas de parênquima paliçádico; parênquima esclerenquimático que vai afilando e se estende até próximo aos feixes vasculares; parênquima fundamental que entremeia as lacunas e a estrutura do parênquima medular. O cilindro central apresenta organização do tipo eustelo e os feixes isolados circundam a medula oca. Os feixes vasculares, constituídos de floema e xilema, se dispõem de modo regular contendo um canal carenal voltado para o interior na região de cada feixe. Estômatos foram detectados na região do entrenó, mas não na região da coroa foliar Conclusão: As características anatômicas dos caules de E. hyemale possibilitam a sua distinção de outras espécies de Equisetum comercializadas no Brasil.

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Publicado

2015-06-10