Estudo Estrutural de Microemulsões Contendo Testosterona por Espectroscopia de Infravermelho com Transformada de Fourier (FT-IR)

Autores

  • Soraia Fiorini Barcelos Universidade Federal de Goiás (UFG), Faculdade de Farmácia
  • Marilisa Pedroso Nogueira Gaeti
  • Luís Antônio Dantas Silva
  • Lorena Maione Silva
  • Eliana Martins Lima

Resumo

Introdução e Objetivos: Microemulsões são misturas estáveis, claras e isotrópicas de óleo, água, tensoativos e co-tensoativos. A compreensão desses sistemas exige uma caracterização refinada e abrangente, feita por uma combinação de técnicas complementares em conexão com modelos teóricos adequados deduzindo uma imagem estrutural, focando na observação de sua morfologia, de complexidade crescente devido à sua composição. A técnica de FT-IR tem sido utilizada pela sua alta sensibilidade para detectar interações entre moléculas de água em seu sítio e entre os tensoativos da interface. Esse trabalho tem por objetivo investigar, através desta técnica, o domínio em que a testosterona pode ser encontrada nas microemulsões propostas. Metodologia: Os espectros foram obtidos em espectrômetro 640-IR (VARIAN), utilizando a técnica de reflexão interna total ou reflectância total atenuada, em um intervalo de comprimento de onda de 4000 a 400 cm-1, com 16 scans. Resultados e discussão: O pico proveniente da leitura do grupamento O-H das microemulsões, que pode ser utilizado para medir a força das ligações de hidrogênio, ocorreu em frequências mais altas do que água pura, devido às interações entre a água, o tensoativo e o co-tensoativo. Essas interações são mais fracas que as que ocorrem na água pura. À medida que o teor de água nas microemulsões aumenta, o estiramento O-H é deslocado para frequências inferiores. A incorporação de testosterona teve efeito insignificante sobre a frequência de alongamento O-H, o que sugere seu posicionamento na parte oleosa da formulação, consistente com sua baixa solubilidade em água. Conclusão: O fármaco tem provável localização nos domínios hidrofóbicos, já que sua adição não influenciou a interface água-tensoativo. Também sugere a não alteração da microestrutura após a adição do fármaco. Agradecimentos: CNPq, FUNAPE, FAPEG e FINEP.Palavras-Chave: Microemulsão; Testosterona, FT-IR.

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Publicado

2015-06-10