CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO DA FARINHA DA CASCA DO FRUTO MARACUJÁ-AZEDO (PASSIFLORA EDULIS SIMS) PARA APLICAÇÃO COMO AGENTE HIPOGLICEMIANTE.
Palavras-chave:
maracujá-azedo, farinha, agente hipoglicemiante, pectinaResumo
Introdução e objetivo: A importância de estudos com o Passiflora edulis pode ser justificada em virtude de sua ampla comercialização nacional. Durante o processo de industrialização aproveita-se apenas a polpa, ocasionando o descarte da casca que corresponde a 56% do peso da fruta1. Estudos realizados anteriormente constataram que o extrato seco da casca do maracujá-azedo (P. edulis) exerce uma ação positiva sobre o controle glicêmico, devido à presença de um alto teor de pectina2. O objetivo deste trabalho foi a caracterização físico-química da farinha da casca do maracujá-azedo a partir de parâmetros de qualidade, bem como avaliar o teor de pectina. Metodologia: Foi determinado o teor de umidade, teor de cinzas totais e teor de cinzas insolúveis em ácido, segundo metodologias da Farmacopeia Brasileira3. Resultados e discussões: Na determinação de umidade o valor obtido (1,06%) apresentou-se dentro do parâmetro descrito pela Farmacopeia, o qual é de no máximo 11,00%. Constatou-se também, menor valor que citado por outros autores4. Dessa forma, o baixo teor de umidade determinado favorece a conservação da farinha, pois dificulta a proliferação de microrganismos. O resultado do teor de cinzas totais (10,18 %) e cinzas insolúveis em ácido (0,02%) se encontram dentro dos padrões estabelecidos pela Farmacopeia Brasileira, sendo respectivamente de 10% e 0,4%. O teor de cinzas totais foi superior a resultados mencionado por outros autores5. Esse resultado elevado pode ser justificado devido as diferentes áreas de plantio. Conclusão: Foi possível obter uma farinha de casca de maracujá-azedo com teor de umidade e cinzas dentro do padrão da Farmacopeia Brasileira. Agradecimentos: Os autores agradecem a UEG – Câmpus Itumbiara pelo auxílio financeiro.Referências
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