Aplicação de fungos de decomposição branca para remoção de cor em simulados de efluentes industriais
Resumo
Os corantes são compostos bastante utilizados por várias indústrias, como na produção têxtil, alimentícia e farmacêutica. O grupo dos azocorantes é o mais utilizado. Na indústria farmacêutica, os principais representantes desses compostos são os corantes amarelo tartrazina e amarelo crepúsculo. Tais substâncias oferecem riscos tóxicos, mutagênicos e um enorme impacto ambiental. As técnicas de tratamento usualmente utilizadas pelas indústrias acabam gerando resíduos tóxicos, grande gasto energético, um custo elevado, entre outros fatores. Assim, este trabalho propõe a utilização de um método biológico de tratamento utilizando fungos de decomposição branca, que produzem enzimas ligninolíticas (lacase, lignina peroxidase e manganês peroxidase) capazes de degradar um grande número de poluentes. Foram realizados ensaios com os dois corantes citados empregando cinco espécies fúngicas: Lentinus edodes, Phanerochaete crysosporium, Pycnoporus sanguineus, Trametes versicolor e Trametes villosa. Foi então feita a análise da relação entre a descoloração e as atividades enzimáticas por um período médio de 25 dias. O fungo que mais se destacou para ambos os testes foi o Trametes versicolor, grande produtor de lacase, enquanto que os outros fungos obtiveram apenas uma descoloração sutil. Assim, a lacase teve a relação mais evidente com o processo de remoção de cor. No ensaio com o corante amarelo crepúsculo, produziu 7,4U/mL de atividade enzimática da lacase, degradando 70,63% do corante. E para o amarelo tartrazina, a atividade enzimática foi de 6,63U/mL, degradando 38,45% do corante. Portanto, esta espécie fúngica demonstrou ter maior potencial para ser empregada em bioprocessos para remoção de cor de efluentes industriais.
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