Capitalismo, territorialidade e educação intercultural
novos olhares sobre as relações comerciais indígenas
Palavras-chave:
Educação, Lugar, Formação Superior, CapitalismoResumo
Uma percepção relativa às questões sociais e territoriais brasileiras e, em particular, às relações comerciais indígenas, tem sido cada vez mais necessária – e eticamente exigida. Essa percepção é decorrente, dentre outros fatores, das preocupações de ordem política, econômica e educacional, acerca das marginalizações a que são submetidos os povos indígenas em meio aos dissensos e aos dilemas em torno da diversidade cultural e a territorialidade no Brasil. Nesse cenário, há várias mobilizações no sentido de viabilizar o direito à proteção e à valorização das relações comerciais dos povos indígenas, em distintos contextos. Mediante esse debate, a emancipação dos povos indígenas é uma discussão cada vez mais frequente em cursos de formação intercultural. Tendo como referência os apontamentos acima, nos propomos, no presente artigo, identificar de que modo o curso de Educação Intercultural indígena da UFG, enquanto lócus e lutas e lugar de resistência, proporciona novas percepções dos estudantes formação, acerca das relações comerciais e à influência do capitalismo, que cotidianamente se faz presente na realidade sociocultural e geografia das distintas comunidades. Nesse sentido, apresentamos algumas contribuições para a valorização da realidade sociocultural e das relações comerciais tradicionais, por meio de um espaço/lugar que buscas novas percepções nos sujeitos de ação crítica e consciente em sua realidade.
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