Os becos na literatura de Cora Coralina

válvulas coronárias de Goiás além da estetização do patrimônio cultural

Autores

Palavras-chave:

Becos da Cidade de Goiás, Cora Coralina, Patrimônio Cultural

Resumo

A histórica Cidade de Goiás possui uma estrutura urbana arreigada da arquitetura colonial. Em meio a essa composição citadina, os becos se fazem presentes, vigorosos em simbologias, histórias e presentes dentro do imaginário vilaboense, fazendo assim, parte da matriz indentitária do povo da antiga capital do estado de Goiás. Mesmo com o entendimento acerca da importância dos becos para a história e cultura vilaboense, em relação a ótica patrimonial, os becos acabam por não ter sua relevância admitida, sendo colocados em um patamar de marginalidade. Com a intenção de explorar diferentes explanações em relação aos becos da Cidade de Goiás, como parte de um processo de valorização patrimonial dos mesmos, este escrito usa como fonte de análise o trabalho literário de uma das maiores representantes da cultura goiana, a célebre Cora Coralina. O intuito, é refletir os versos escritos por Cora Coralina sobre os becos, se colaboram ou não com a visão pejorativa e estigmatizada existente sob os mesmos em relação a questão patrimonial no contexto da cidade de Goiás e ainda, se os poemas, podem ser utilizados como meio para a valorização patrimonial dos becos vilaboenses, pois, não são monumentos consagrados e visibilizados, estão além da estetização da cidade.

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Biografia do Autor

  • Keley Cristina Carneiro, Universidade Estadual de Goiás

    Licenciada e Mestra em História pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Doutora em Políticas Públicas, Estratégia e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Docente da Universidade Estadual de Goiás no curso de História e no Mestrado em Estudos Culturais, Memória e Patrimônio (PROMEP/UEG/Câmpus Cora Coralina).

  • Thays Taynara de Sousa, Universidade Estadual de Goiás

    Licenciada em História pela Universidade Estadual de Goiás - Câmpus Cora Coralina. Especialista em linguagem, cultura e  ensino pela UEG / Câmpus Inhumas e Mestranda em Estudos Culturais, Memória e Patrimônio – PROMEP/UEG.

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Publicado

2025-10-31

Edição

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Artigos