Ecologia Profunda e Cosmologias Indígenas
por uma Educação Ambiental profunda na América Latina
Palavras-chave:
Ecologia Profunda, Capitalismo, Igualdade biocêntricaResumo
O texto explora as crises ambientais e sociais contemporâneas, resultantes do capitalismo e da visão antropocêntrica que domina a sociedade atual. Inspirado pela Ecologia Profunda de Arne Naess e, sobretudo pelas suas confluências com as cosmologias indígenas, é proposto uma reflexão sobre a necessidade de restabelecer a harmonia entre seres humanos e natureza, posto que a crise ambiental do Antropoceno é fruto de um modelo de desenvolvimento focado na exploração irresponsável da natureza que desconsidera o seu valor intrínseco e não promove a justiça ambiental e o bem viver das pessoas. A Ecologia Profunda sugere que o ser humano só alcançará a sua realização ao se reconhecer como parte dos ecossistemas, abandonando e contrapondo a lógica de dominação capitalista, visando a uma reorganização das estruturas sociais e econômicas com base em uma ética biocêntrica, que valorize todas as formas de vida. Além disso, enfatiza a importância de saberes outros, como os saberes indígenas, que oferecem um entendimento mais profundo e respeitoso da natureza.
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