Potencial paisagístico-ornamental e fenologia de Tibouchina papyrus (Pohl) Toledo
Palavras-chave:
Cerrado, Planta nativa , Pau-papel, CrescimentoResumo
O estudo objetivou avaliar crescimento e o desenvolvimento fenológico de plantas de Tibouchina papyrus (Pohl) Toledo em população natural e determinar seu potencial ornamental. O crescimento da planta foi avaliado por meio de características como: altura da planta; altura da primeira bifurcação; número de ramificações; diâmetro do caule a 20 cm do solo; e diâmetros da copa. O acompanhamento fenológico foi realizado de forma qualitativa e quantitativa. Mensalmente, determinou-se ainda, a parte da planta de maior valor ornamental no momento da avaliação, considerando-se o caule, a folhagem, as flores ou os frutos. A espécie apresentou crescimento lento, sendo uma árvore de pequeno porte, copa arredondada, bifurcando em quatro a cinco ramos, com folhagem decídua na estação seca. As flores liláses foram observadas no fim da estação chuvosa, de março a maio, e a presença de frutos na planta foi observada por oito meses. A espécie apresenta potencial paisagístico-ornamental.
Referências
ABBUD, B. Criando paisagens: Guia de trabalho em arquitetura paisagística. 3. ed. São Paulo: Senac, 2006. 208 p.
ALMEIDA, S. P.; PROENÇA, C. E.; SANO, S. M.; RIBEIRO, J. F. Cerrado: espécies vegetais úteis. Planaltina: Embrapa-CPAC, 1998. 464 p.
ALVARES, C. A.; STAPE, J. L.; SENTELHAS, P. C.; DE MORAES GONÇAVES, J. L.; SPAROVEK, G. Köppen's climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, Stuttgart, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2013.
BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. 2011. Disponível em: <http://www.biodiversitas. org.br/>. Acesso em: 19 set. 2018.
FILGUEIRAS, T. S.; BROCHADO, A. L.; NOGUEIRA, P. E.; GUALA, G. F. Caminhamento: um método expedito para levantamentos florísticos qualitativos. Cadernos de Geociências, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 39-43, 1994.
HEIDEN, G.; BARBIERI, R. L.; STUMPF, E. R. T. Considerações sobre o uso de plantas ornamentais nativas. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, Campinas, v. 12, n. 1, p. 2-7. 2006.
LEAL, L.; BIONDI, D. Potencial ornamental de espécies nativas. Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal, Garça, v. 4, n. 8, p. 1-16, 2006.
LIEBERMAN, A. Seasonality and phenology in dry tropical forest in Ghana. Journal of Ecology, Sheffield, v. 70, n. 3, p. 791-806, 1982.
LIRA FILHO, J. A. Paisagismo: elementos de composição e estética. Viçosa: Aprenda Fácil, 2002. 173 p.
MALHEIROS, R. A influência da sazonalidade na dinâmica da vida no bioma Cerrado. Revista Brasileira de Climatologia, Presidente Prudente, v. 19, p. 113-128, 2016.
MONTORO, G. R.; SANTOS, M. L. Fenologia e biologia reprodutiva de Tibouchina papyrus (Pohl) Toledo (Melastomataceae) no Parque Estadual da Serra dos Pireneus, Goiás. Revista de Biologia Neotropical, Goiânia, v. 4, n. 1, p. 10, 2007.
OLIVEIRA, P. E. Fenologia e biologia reprodutiva das espécies de cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P.(Ed.). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: Embrapa-CPAC, 1998. p. 169-192.
OLIVEIRA JUNIOR, C. J. F.; GONÇALVES, F. S.; COUTO, F.; MATAJS, L. Potencial das espécies nativas na produção de plantas ornamentais e paisagismo agroecológico. Revista Brasileira de Agroecologia, Porto Alegre, v. 8, n. 3, p. 190-200, 2013.
PALMA, J. D. Aspectos anatômicos dos órgãos vegetativos e descrição morfológica da flor de Tibouchina papyrus (Pohl) Toledo (Melastomataceae). 1972. 68 f. Dissertação (Mestrado em Botânica)-Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1972.
PARQUE ESTADUAL DOS PIRINEUS. In: SECRETARIA DO ESTADO DE MEIO AMBIENTE, RECURSOS HIDRICOS, INFRAESTRUTURA, CIDADES E ASSUNTOS METROPOLITANOS. 2008. Disponível em: <http://www.secima.go.gov.br/component/content/article/118-meio-ambiente/unidades-de-conserva%C3%A7%C3%A3o/1111-parque-estadual-dos-pirineus-pep.html?Itemid=101>. Acesso em: 14 nov. 2018.
RIBEIRO, J. F.; CASTRO, L. H. R. Método quantitativo para avaliar características fenológicas em árvores. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 7-11, 1986.
RIZZO, J. A. Flora do Estado de Goiás e Tocantins: plano de coleção. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 1991. 42 p.
ROMERO, R.; MARTINS, A. B. Melastomataceae do Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, Brasil. Brazilian Journal of Botany, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 19-24, 2002.
SANTOS, M. L. Florística e biologia reprodutiva de espécies de Melastomataceae no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas e Parque Estadual da Serra dos Pireneus, Goiás. 2003. 159 f. Tese (Doutorado em Ecologia)-Departamento de Ecologia do Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Brasília, Brasília, 2003.
STUMPF, E. R. T.; HEIDEN, G.; BARBIERI, R. L.; FISCHER, S. Z.; NEITZKE, R. S.; SANCHET, B.; GROLLI, P. R. Método para avaliação da potenci9alidade ornamental de flores e folhagens de corte nativas e não convencionais. Revista Brasileira de Horticultura Ornamental, Campinas, v. 13, n. 2, p. 143-148, 2007.
TELLES, M. P. C.; SILVA, S. P. D.; RAMOS, J. R.; SOARES T. N.; MELO, D. B.; RESENDE, L. V.; BATISTA, E. C.; VASCONCELOS, B. D. F. Estrutura genética em populações naturais de Tibouchina papyrus (pau-papel) em áreas de campo rupestre no cerrado. Brazilian Journal of Botany, São Paulo, v. 33, n. 2, p. 291-300, 2010.
WURDACK, J. J. Atlas of hairs for Neotropical Melastomataceae. Washington: Smithsonian Institution Press. 1986. 80 p.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Esta revista eletrônica oferece acesso livre e imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público, contribuindo assim para a democratização do conhecimento.