Dossiê “Indigenismo e história indígena nas Américas (séculos XX e XXI)”
Resumen
Durante muito tempo, a história dos povos nativos das Américas se perpetuou no senso comum em representações que postulam a ideia de uma completa aniquilação por uma cultura dominante na empresa de conquista e colonização. Assim sendo, tendeu-se a interpretar os indígenas como figurantes que receberam as benesses da civilização importada da Europa, valorizando o pensamento ocidental como racional, tecnológico e, portanto, superior e capaz de sobrepor-se à “superstição mágica” dos povos nativos. Longe de reconhecer os indígenas em suas próprias culturas autóctones, esse tipo de interpretação muitas vezes os apresenta de forma idealizada e como vítimas passivas de processos etnocidas e genocidas que os teriam atropelado por completo, chegando à visão maniqueísta dos vencedores e vencidos. Mesmo em tentativas de se recuperar o lado do vencido e valorizá-lo, o parâmetro dessa suposta apreciação muitas vezes esteve norteado por valores etnocêntricos: o passado indígena ancestral, visto como glorioso, deve ser enaltecido, mas a destruição imposta pelo invasor teria sido extremamente bem-sucedida. Nesse tipo de interpretação, nega-se a história presente dos povos nativos para ressaltar o que seriam meras sobrevivências, resquícios de um passado aniquilado. O dossiê proposto busca reunir trabalhos que explorem a temática desconstruindo etnocentrismos e destacando as relações entre indigenismo e história indígena ou lançando luz sobre cada um desses temas.
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