AS ARTICULAÇÕES DISCURSIVAS NO PROCESSO DE RESSIGNIFICAÇÃO DO ESCRAVO NA HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA A PARTIR DOS ANOS 1980

Autores

  • Roberto Andreoni

Palavras-chave:

Teoria. Historiografia. Discurso

Resumo

A historiografia da escravidão a partir dos anos 1980 passou por diversas transformações, tanto teórico-metodológicas quanto institucionais. Vários autores, desde então, trataram de compreender pontos específicos dentro desta temática. É o caso, por exemplo, das análises acerca do surgimento do escravo-agente. Nenhum destes textos, contudo, tratou de, a partir das próprias obras sobre a escravidão, esclarecer as articulações dos elementos teóricos ao nível discursivo, responsáveis por possibilitar a emergência de determinados enunciados. O objetivo deste artigo é identificar e situar estes dois principais enunciados (escravo-coisa e escravo-agente); demonstrar como eles emergem a partir de articulações e referenciais teóricos diferentes (Marx e Thompson, respectivamente); destacar o impacto de tais movimentos teóricos no conceito de resistência; e, por fim, averiguar as mudanças tanto na tipologia das fontes quanto no tratamento empírico que, articuladas a determinados elementos teóricos, também contribuíram para a emergência dos enunciados em questão.

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Publicado

2018-01-27

Edição

Seção

Artigos livres