OS JURISTAS E A IMAGEM DA IMPRESCINDIBILIDADE: A MEMÓRIA COMO CAPITAL SIMBÓLICO
Palavras-chave:
Faculdade de Direito. Juristas. Memória Institucional. Capital Simbólico.Resumo
O presente artigo pretende discutir a possibilidade de se estudar a memória institucional da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo como um capital simbólico que se transforma em um trunfo para seus egressos nas mais diferentes disputas. Não se pretendeu, aqui, fazer um estudo exaustivo de fontes, mas sim explicitar que essa forma de análise permite compreender como, a partir da produção memorialística sobre a instituição, se produzem e se cristalizam representações calcadas no desinteresse e na imprescindibilidade dos juristas e, consequentemente, do papel que reivindicam para si. Para tanto, investiu-se na comparação com outros estudos sobre juristas e como a abordagem aqui proposta pode contribuir para a discussão dessa questão, bem como exemplos de produção dessa memória. Por fim, propõe, na conclusão, a hipótese da existência de uma memória institucional sempre em movimento, que não se traduz numa postura cínica dos seus produtores e divulgadores, uma vez que eles também acreditam no papel social que pretendem desempenhar.