OS USOS DA UTOPIA E DA DISTOPIA NO ROMANCE PÓSCOLONIAL: MIA COUTO, JM COETZEE E SONY LABOU TANSI
Palavras-chave:
Mia Couto, Sony Labou Tansi, JM Coetzee, Literatura africana, estudos póscoloniaisResumo
O estudo da literatura póscolonial permite questionar problemas que datam da colonização. Ao deslocar a maneira eurocêntrica de compreender o mundo, a crítica pós-colonial abriu caminho para se entender a obra literária de acordo com as especificidades sociais, históricas e políticas de um determinado país. Ao analisar alguns livros de Mia Couto, JM Coetzee e Sony Labou Tansi, compreendemos que a utopia aparece como um espaço de resistência face aos sofrimentos de uma sociedade recém independente e a distopia é um recurso de exacerbação da crítica. Dessa maneira, estudar como os autores se apropriam desses dois conceitos permite-nos questionar vários acontecimentos da época colonial, assim como os problemas da transição da independência e os traumas atuais das sociedades em questão.