A POLÍTICA DO HISTORIADOR: ESTRATÉGIAS PARA UMA ABORDAGEM CRÍTICA

Autores

  • Priscila Gomes Correa Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

Palavras-chave:

Política do Historiador. Historiografia. Hobsbawm. Furet.

Resumo

A escrita da história envolve uma série de pressupostos, alguns explicitados pelos próprios historiadores em suas narrativas, outros submersos em seu conjunto de práticas sociais e epistemológicas. Neste trabalho visamos abordar a política do historiador, como um pressuposto nem sempre claro, mas que permeia a historiografia como um todo. Este termo inspirado na expressão de Norberto Bobbio, “política da cultura”, refere-se a uma ação que se enquadra numa concepção mais ampla de política, entendida como atividade voltada para a formação e a transformação da vida dos homens. Para isso, partimos do confronto entre as trajetórias intelectuais de dois renomados historiadores do século XX, Eric Hobsbawm e François Furet, que se posicionaram ideologicamente em polos opostos, e deixaram uma vasta reflexão sobre política e governo em seus respectivos países (Inglaterra e França). Dessa maneira, contempla-se a prática social dos historiadores e a evolução de seu pensamento histórico; e após refletir sobre as condições que determinam a produção e a natureza das obras históricas, as colocamos em confronto, buscando as diferenças, semelhanças e nuances entre os discursos historiográficos. O tratamento documental da obra historiográfica adquire, então, a dimensão política inerente à interpretação historiográfica, visto que se enfrentam questões referentes aos seus próprios domínios e à ação do historiador.

Biografia do Autor

  • Priscila Gomes Correa, Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
    Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e Professora Adjunta de Teoria e Metodologia da História, do Colegiado de História - DCH- Campus I e do PPGHIS da Universidade do Estado da Bahia (UNEB)

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Publicado

2018-01-27

Edição

Seção

Artigos livres