Ricouer e a psicanálise: identidade e narrativa ao ego
Palavras-chave:
Narrativa. Paul Ricoeur. Teoria da História. Psicologia. Filosofia da Psicanálise.Resumo
Nossa investigação neste artigo analisa a psicanálise criticada pelo filósofo Paul Ricoeur, mediando a narrativa do sujeito como uma narrativa identitária do outro. Segundo Paul Ricoeur, a psicanálise na identidade narrativa começa quando o sujeito supera o paradigma da verdade absoluta. Todavia, o historiador, sendo sujeito, possui uma identidade narrativa e se emancipou enquanto sujeito egoico como tal. Com efeito, Paul Ricoeur também representa uma historiografia francesa que admite a temporalidade como promotora de uma clivagem narrativa e por isso estudou o domínio freudiano da palavra em seus paradigmas semióticos e narrativos das Fontes históricas. Assim, ocorre fundamentalmente uma diferenciação entre a narrativa de Freud e a narrativa histórica, pois aquele assumiu como sujeito de linguagem, uma correlação com o conceito de identidade. De outra forma, na psicanálise de Lacan, a palavra do outro pode também ser crível e sabê-la por mim. Deste modo, o desejo do sujeito é o signo do outro narrado, de ser narrado e de interpretar, de fazer sua hermenêutica.