POR UMA MEMÓRIA DA TEORIA: O CONFLITO ENTRE AS GERAÇÕES DOS METÓDICOS E DOS ANNALES

Autores

  • Clayton Ferreira e Ferreira Borges UFG, UEG.

Palavras-chave:

memória, Historiografia, Escola metódica

Resumo

Partindo das reflexões de Ricoeur sobre a relação entre História e memória, tentaremos discorrer sobre como a memória historiográfica construída e, recorrentemente comemorada pela tradição dos annales pôde criar uma postura generalizada de grande aversão à tradição historiográfica que os precederam. A questão que norteia nossa reflexão aqui é: a memória histórica criada, memorizada e celebrada pelos annales faz jus à ideia de uma Revolução, sendo o conceito de Revolução entendido aqui no corrente sentido de uma mudança brusca e negadora da tradição? Dentro destes termos, a memória histórica da “escola metódica”[1] pode ser vista como impedida e/ou como manipulada dentro da prática de boa parte dos historiadores franceses e brasileiros, visto a grande influência exercida pelos annales entre nossos profissionais? Ressaltamos de imediato que sabemos da impossibilidade de responder a ambas as perguntas de maneira completa neste curto trabalho, o que então almejamos é desenvolver um exercício heurístico no intuito de arrolar e minimamente problematizar certa gama de indícios.


[1] Utilizaremos os termos escola metódica e metódicos entre aspas em função do caráter pejorativo neles contido.

Biografia do Autor

  • Clayton Ferreira e Ferreira Borges, UFG, UEG.
    Graduado e Mestre em História pela UFG. Tenho experiência na área de Teoria da História, atuando principalmente nos seguintes temas: história da historiografia, história das ideias e historiografia francesa.

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Publicado

2015-10-15

Edição

Seção

Artigos livres