DA “TERRA SEM MAL” AO “PARAÍSO PERDIDO”: PERSPECTIVAS TEÓRICO-METODOLÓGICAS ACERCA DO MESSIANISMO/MILENARISMO

Autores

  • Robson Gomes Filho Universidade Estadual de Goiás

Palavras-chave:

Messianismo, História, Sociologia

Resumo

Embora pareçam já há muito discutidos, os movimentos messiânicos e milenaristas, especialmente no Brasil, carecem ainda de reflexões teóricas. No campo da História, tais movimentos religiosos, se tomados do ponto de vista teórico-metodológico, parecem ainda mais insipientes. Na Sociologia, por outro lado, a tendência a se pensar estruturalmente as relações de poder de tais movimentos, não raramente com generalizações – ao que nos parece – abusivas para com as singularidades dos eventos e sujeitos históricos, tem se imperado na maior parte das pesquisas que tomam como objeto de pesquisa os messianismos brasileiros. Desde a década de 1980, no entanto, uma tentativa de produção historiográfica sobre o tema tem tomado força, destacando-se, especialmente, com a introdução dos pressupostos teórico-metodológicos da Escola Italiana de História das Religiões, a partir da qual tendeu-se a se pensar os movimentos messiânico-milenaristas como eventos propriamente históricos, portanto singulares e localizados no tempo-espaço específicos, e não mais somente como parte de uma estrutura sociológica maior, que englobasse prioritariamente as relações de poder, capital, ou mesmo caracterizações que ultrapassassem necessariamente os sujeitos e indivíduos daquele movimento em específico. Em face disso, o presente artigo tem como propósito trazer algumas breves reflexões sobre alguns caminhos percorridos no Brasil acerca dos movimentos messiânico-milenaristas, tomando como base uma proposta de se pensar historicamente tais eventos, sem todavia perder de vista as perspectivas estruturais que os caracterizam como tais, sem transcender, no entanto, o indivíduo e o evento históricos.

Biografia do Autor

  • Robson Gomes Filho, Universidade Estadual de Goiás
    Graduado em História pela Universidade Estadual de Goiás; especialista em Docência no Ensino Superior pela Faculdade Padrão; Mestre em História pela Universidade Ferderal de Ouro Preto. Atualmente é professor efetivo do curso de história da Universidade Estadual de Goiás (UnU-Morrinhos), ministrando as disciplinas de Teoria da história e Metodologia da Pesquisa Histórica. Tem pesquisado e publicado nas áreas de História das Religiões, Sociologia da Religião, Fenomenologia da Religião, História de Goiás e Teoria da História.

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Publicado

2013-09-27

Edição

Seção

Artigos livres