Este trabalho tem por objetivo fazer um balanço da historiografia relativa à denominada “crise açucareira” da segunda metade do século XVII em relação, principalmente, a algumas críticas quanto à validade de sua estruturação histórica, isto é, documental. Desse ponto de vista, no caso da Bahia, procuramos trazer à luz das discussões uma documentação que fomenta o debate em questão, apontando não somente para a existência de um problema na produção e venda de açúcar, mas para uma profunda e negativa expectativa social expressa na fome, nas doenças, nas dívidas e na miséria social no Recôncavo, que influenciaram e foram influenciados pelo problema açucareiro. A documentação utilizada é referente ao diálogo da Câmara de Salvador, Bahia e o Conselho Ultramarino, assim como textos de António Vieira.
