Função autor e política de silêncio em editoriais da revista Istoé

Autores

Palavras-chave:

Ideologia, Editoriais, Efeito de sentido, Silenciamento

Resumo

Este artigo trata da função autor e sua relação com uma política de silêncio em editoriais das revistas IstoÉ. O recorte temporal se volta ao período pré-eleições presidenciais de 2018 e 2022, pondo em perspectiva as noções de esquecimento (Pêcheux, 1997) e de silêncio (Orlandi, 1992). Vincula-se a uma tese de doutoramento que versa sobre implícitos e silenciamentos em capas das revistas IstoÉ e Veja, selecionados em razão da sua maior circulação no país. Sob a ancoragem da Análise materialista do Discurso, são mobilizadas as categorias condições de produção, formação discursiva, formação ideológica e interdiscurso, a partir das quais se pretende analisar o funcionamento da ideologia na função autor em editoriais e sua relação com uma política de silêncio, enquanto efeito de sentido. Em notas prévias, damos a ver que pela filiação ideológica os editoriais materializam uma política de silêncio que possibilita, como o próprio de uma formação discursiva, “o que pode e deve ser dito”, nos termos definidos por Pêcheux (1997). Desse modo, acontecimentos históricos são ressignificados para produzir determinados efeitos de sentido, e não outros.  

Biografia do Autor

  • Neilton Farias Lins, UFAL/IFAL

    Possui graduação em LETRAS pela FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA MATA SUL (2004) e Bacharelando em Direito pela UFAL. Doutorado em andamento e Mestrado em Linguística pela UFAL. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nos seguintes temas: texto, linguagem, gêneros textuais, elementos verbais e não verbais, análise do discurso, análise da conversação. Participa do GrAD - Grupo de Estudo em Análise do Discurso, coordenado pela Profª. Drª. Maria Virgínia Borges Amaral. e Atualmente é Professor de Língua Portuguesa do Instituto Federal de Alagoas.

  • Sóstenes Ericson Vicente da Silva, UFAL

    Graduado em Enfermagem (UPE); Graduado em Letras/Inglês (UNEAL); Mestrado em Serviço Social (UFAL); Doutorado em Linguística/Análise do Discurso (UFAL); Pós-Doutorado em Linguística (UNICAMP). Professor Adjunto do Curso de Enfermagem (UFAL/Campus Arapiraca); Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística (UFAL). Estuda a relação trabalho, gênero e enfermagem, na perspectiva da Análise do Discurso inaugurada por Michel Pêcheux.

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Publicado

02-06-2025

Edição

Seção

Pesquisadores/Pesquisadoras