A sobrevida de Capitu no filme de Júlio Bressane

Autores

  • Margarida Pontes Timbó Faculdade Luciano Feijão e Universidade Estadual Vale do Acaraú

Palavras-chave:

Capitu, Bressane, Literatura, Cinema

Resumo

Este artigo objetiva discutir a sobrevida de Capitu e as nossas impressões de leituras decorrentes da apreciação estética do texto fílmico Capitu e o capítulo, dirigido por Júlio Bressane. Novidade presente no cinema brasileiro, o recém-nascido filme do renomado diretor consiste em mais uma via de interdiscursividade com o romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. De vasta fortuna crítica, a referida obra literária apresenta uma personagem feminina sempre ressignificada nas artes e em outras mídias. Logo, a película dirigida por Bressane assume dimensões profundas ao texto machadiano, porquanto não se trata de simples adaptação ou transposição, mas sim de transcriação que serve de mote para as mais variadas leituras. As reflexões aqui apresentadas procuraram revisitar um pouco da fortuna crítica machadiana em relação à personagem icônica Capitu, bem como observar a pervivência dela para as artes e para a cultura brasileira. Serviram de aporte da pesquisa teórico-bibliográfica as ideias dos seguintes autores: Moura (2013), Rizzo (2023), Schprejer (2008), entre outros que estudaram a produção escrita de Machado de Assis, bem como Reis (2015), (2017), Candido (2011), Wood (2011) que analisaram o tema personagem, entre outros autores que se debruçaram sobre o filme. Entende-se que a película de Bressane ressignifica Capitu e promove adicionais leituras críticas da história dessa personagem emblemática, cujos “olhos de ressaca” ornamentam nossas letras.

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Publicado

14-06-2024

Edição

Seção

Pesquisadores/Pesquisadoras