O poeta de Ler fleurs du mal “contempla” a cidade

Autores

  • Marcos Antonio de Menezes

Resumo

A cidade do século XIX é a Babel que prospera com a perda das conexões e a falta de referência aos valores do passado; palco para a atrofia progressiva da experiência relativa à tradição, à memória válida para toda a comunidade, substituída pela vivência do choque ligada à esfera do individual. O impacto da técnica moderna mudou tudo e especialmente a cidade, cuja capacidade de regeneração — metamorfose sem fim de autodestruição criativa — foi ficando cada vez mais rápida. Na poesia de Baudelaire estão presentes as metáforas da morte, da destruição, da degeneração, da putrefação, da caveira. São alegorias mais que apropriadas para se mostrar o que ocorria com o corpo da cidade. São fragmentos figurativos mostrados dispersamente, sem forma, mas nunca uma imagem completa — e isso lhe confere o caráter alegórico.

Palavras-Chave: História urbana; Literatura; Século XIX; Baudelaire.

Biografia do Autor

  • Marcos Antonio de Menezes
    Professor Adjunto de História Contemporânea no Curso de História da Universidade Federal de Goiás - UFG Campus de Jataí e no Programa de Pós Graduação (Mestrado e Doutorado) em História Campus de Goiânia da UFG.

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Publicado

2014-02-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

O poeta de Ler fleurs du mal “contempla” a cidade. (2014). Élisée - Revista De Geografia Da UEG, 2(2), 52-73. https://www.revista.ueg.br/index.php/elisee/article/view/1976