Gestão, uso e educação patrimonial: patrimônio de quem e para quem?
Heritage education, management and use: who from heritage and for whom?
DOI:
https://doi.org/10.31668/elisee.v12i01.13014Palavras-chave:
Patrimônio. Memória. Identidade. Educação. Sociedade.Resumo
O presente artigo tem como objetivo destacar a importância do uso e gestão dos patrimônios culturais e a urgência do desenvolvimento, com maiores eficiência e assertividade, de programas de educação patrimonial. Para tanto, utilizou-se como metodologia: retrabalhamento bibliográfico tratando, principalmente, dos seguintes temas: memória, patrimônio e educação. Percebe-se a necessidade do diálogo e (des)construção conjunta dos governos, órgãos, institutos, departamentos, superintendências, secretarias, conselhos e afins que respondem pela preservação do Patrimônio Cultural em parceria com a sociedade civil, pautados em um projeto de políticas de identificação, reconhecimento, proteção e promoção do patrimônio de maneira a abarcar a variedade de identidades e povos, possibilitando ao sujeito-cidadão fazer a leitura do mundo que o rodeia para levá-lo à compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido de forma mais ampla (socialmente debatida no contexto escolar e da comunidade), e também, crítica e propositiva.
Heritage education, management and use: who from heritage and for whom?
Abstract: This article aims to highlight the importance of the use and management of cultural heritage and the urgency of the implementation of a more efficient and assertive heritage education. To this end, it was used as methodology: bibliographic reworking dealing mainly with the following topics: memory, heritage and education. We can observe that there is a need for dialogue and joint (de)construction between governments, agencies, institutes, departments, superintendencies, secretariats, councils and other organisms that are responsible for preserving the Cultural Heritage in partnership with civil society, based on a project of policies for identification, recognition, protection and promotion of the heritage in such a way as to promote it, providing protection and promotion of the heritage in order to embrace the variety of identities and peoples as well as enabling the subject-citizen to read the world around him/her, leading him/her to understand the sociocultural universe and the historical-temporal trajectory in which he/she is inserted in a broader (socially discussed in the school and community context), critical, and propositional way.
Keywords: Heritage. Memory. Identity. Education. Society.
Gestión, uso y educación patrimonial: ¿el patrimonio de quién y para quién?
Resumen: Este artículo pretende destacar la importancia del uso y gestión del patrimonio cultural y la urgencia de desarrollar, con mayor eficacia y asertividad, programas de educación patrimonial. Para ello, la metodología utilizada ha sido una reelaboración bibliográfica que ha tratado principalmente los siguientes temas: memoria, patrimonio y educación. Es necesario el diálogo y la (de)construcción conjunta entre gobiernos, agencias, institutos, departamentos, superintendencias, secretarías, consejos y similares, responsables de la preservación del Patrimonio Cultural en colaboración con la sociedad civil, a partir de un proyecto de política de identificación, reconocimiento, protección y promoción del patrimonio de forma que se potencie, protección y promoción del patrimonio para abarcar la variedad de identidades y pueblos, permitiendo al sujeto-ciudadano leer el mundo que lo rodea para llevarlo a comprender el universo sociocultural y la trayectoria histórico-temporal en la que está inserto de manera más amplia (socialmente discutida en el contexto de la escuela y la comunidad), y también crítica y propositiva.
Palabras clave: Patrimonio. La memoria. La identidad. Identidad. Educación. La sociedad.
Referências
ALVES, Rahyan de Carvalho. “Topofilia, turismo e a releitura do lugar”: uma abordagem sociocultural do Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Urbanístico de Diamantina/MG. 325f. Programa de Pós-Graduação em Geografia. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte (MG), 2014.
ALVES, Rahyan de Carvalho; SILVA, Adília Jardim; DEUS, José Antônio Souza. Ser na Contemporaneidade: Paisagem, Lugar e Memória. Belo Horizonte (MG): Sangre, 2019.
AMIROU, Rachid. Imaginaire du tourisme culturel. Paris: PUF, 2000.
ARROYO, Michele Abreu. Educação Patrimonial ou a cidade como espaço educativo? In: Revista Outro Olhar, nº. IV, n. 4, pp. 26-39, outubro de 2005.
BENJAMIN, Walter. Obras Escolhidas. São Paulo (SP), Brasiliense, 1985.
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo (SP): Perspectiva, 2007.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Disponível em: www.planalto.gov.br/legislacao. Acesso em: 01 de julho de 2021.
BRASIL. Educação Patrimonial e o IPHAN. Brasília (DF): Ministério da Educação, 2012.
CANCLINI, Néstor García. Culturas Híbridas: estratégias para entrar e sair da modernidade. São Paulo (SP): EdUSP, 2012.
CARSALADE, Flávio de Lemos. A pedra e o tempo: Arquitetura como patrimônio cultural. Belo Horizonte (MG): EdUFMG, 2014.
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo (SP): Paz e Terra, 2008.
HORTA, Maria de Lourdes Parreiras; GRUNBERG, Evelina & MONTEIRO, Adriane Queiroz. Guia Básico de Educação Patrimonial. Brasília (DF): IPHAN, 1999.
HORTA, Maria de Lourdes Parreiras. A gestão dos museus e do patrimônio cultural. In: Ciências e Letras (Porto Alegre). v.31, pp.33 - 52, 2002.
IPHAN. Diamantina. Ministério da Cultura. Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional. Brasília (DF): IPHAN, 2012.
IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Cartas Patrimoniais: Bases Conceituais. Rio de Janeiro (RJ): IPHAN, 2018.
IPHAN. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Patrimônio Mundial, 2019. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/4. Acesso em: 30 ago. 2021.
JACOBI, Pedro & BARBI, Fabiana. Democracia e participação na gestão dos recursos hídricos no Brasil. In: Revista Katálysis, Florianópolis, v. 10, n. 2, julho/dezembro, pp. 242-261, 2007.
JEUDY, Henri Pierre. O espelho das cidades. Rio de Janeiro (RJ): Casa da Palavra, 2005.
LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas (SP): Unicamp, 1996.
LUCHIARI, Maria Tereza Duarte Paes. A (re)significação da paisagem no período contemporâneo. In.: CÔRREA, Roberto Lobato & ROSENDAHL, Zeny (Orgs.). Paisagem, imagem e espaço. Rio de Janeiro (RJ): EdUERJ, 2001. pp.09-28.
MATURANA, Humberto. O que é educar. 1998. Disponível em: http://www.dhnet.org.br/direitos/direitoshtml. Acesso em: 15 mar. 2020.
MENESES, Ulpiano Toledo Bezerra de. O campo do patrimônio cultural: uma revisão de premissas. Conferência Magna. In: [Anais... vol.2] I Fórum Nacional do Patrimônio Cultural e Sistema Nacional de Patrimônio Cultural: desafios, estratégias e experiências para uma nova gestão, Ouro Preto (MG), 2012.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. In: Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em História e do Departamento de História da PUC-SP. São Paulo (SP), n 10, pp.27-46, dezembro, 1992.
OLIVEN, Ruben. Patrimônio intangível: considerações iniciais. In: ABREU, Reginaldo; CHAGAS, Mário (Orgs.). Memória e patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro (RJ): Lamparina, 2009.
CASTELLS, Manuel. O poder da Identidade. São Paulo (SP): Paz e Terra, 2008.
PAES, Maria. Tereza. Duarte. Gentrificação, preservação patrimonial e turismo: os novos sentidos da paisagem urbana na renovação das cidades. In: GeoUSP – Espaço e Tempo, v. 2, n 13, p. 667-684, dezembro, 2017.
RAMOS, Silvana. Programa Monumenta em Penedo (Alagoas, Brasil): A Pobreza como entrave na Revitalização do Patrimônio Cultural. In: Turismo e Sociedade. Curitiba (PR), v.6, n. 12, pp.26-38, 2017.
RIBEIRO, Daniel de Albuquerque. Gentrification no Parque Histórico do Pelourinho, Bahia. 237f. Dissertação em Geografia. Salvador, Universidade Federal da Bahia, 2016.
SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado, fundamentos teórico e metodológico da geografia. São Paulo (SP): Hucitec, 1988.
SERRA, Daniela Campos de Abreu. A participação da sociedade civil organizada na gestão do patrimônio cultural de Ribeirão Preto: o CONPPAC/RP. 2006. 259 f. Dissertação (mestrado). Universidade Estadual Paulista, Faculdade de História, Direito e Serviço Social, São Carlos (SP), 2006.
SILVA, Carolina Di Lello Jordão. Inventário do Patrimônio Cultural no IPHAN: instrumentalização do discurso na política nacional de preservação. 124f. Dissertação. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro (RJ), 2014.
THOMPSON, Edward. Costumes em comum: Estudos sobre cultura popular. São Paulo (SP): Companhia das Letras, 2005.
TOLENTINO, Átila Bezerra (Org.). Educação patrimonial: educação, memórias e identidades. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Superintendência do IPHAN na Paraíba. João Pessoa (PB): IPHAN, 2013.
ZANIRATO, Silvia Helena. Usos sociais do patrimônio cultural e natural. In: Revista Patrimônio e Memória v. 5, n. 1, pp. 137-152, 2009.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos na Élisée - Revista de Geografia da UEG.
Os conteúdos publicados, contudo, são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores, ainda que reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite a distribuição deste material, desde que cumpra os seguintes requisitos:
- Atribuição — Você deve atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações. Você pode fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso;
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais;
- SemDerivações — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, não pode distribuir o material modificado.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.