UM ESTUDO DA VARIAÇÃO ENTRE PARA E PRA EM VERBETES PUBLICADOS NO INSTAGRAM
Resumo
Este artigo tem como objetivo investigar a variação entre pra e para, nos verbetes de Edgard Abbehusen, publicados no Instagram (Fotocitando), partindo, assim, de um corpus sincrônico. Na página estudada, o gênero verbete, normalmente utilizado para conceituar uma palavra, típico de dicionários e enciclopédias e comumente escrito na norma padrão, é empregado para descrever de forma poética e lúdica um termo específico, dentre as várias categorias que o escritor se dispõe a abordar. Com o intuito de explicar a variação entre as preposições em questão, será abordado o conceito de síncope, a partir de uma breve exemplificação de fenômenos encontrados ao longo da história da língua portuguesa. A fundamentação teórica encontra respaldo em Coutinho (1970), Amaral (1981), Camara Jr. (1886), Saussure (2012) e Labov (1972). Para a análise, foram selecionados verbetes de duas categorias, intituladas nomes e signos, postados no Instagram (Fotocitando) de Edgard Abbehusen. De forma geral, observa-se que, quando se trata dos verbetes nomes, a forma que prevalece é o pra. Todavia, nos verbetes signos, a variante mais utilizada é para. A partir desse panorama, averiguam-se quais fatores determinam a preferência por uma ou outra forma nos verbetes em questão.