PROCESSOS DE SIGNIFICAÇÃO DO CORPO DO MONSTRO NOS QUADRINHOS

DORA, DE BIANCA PINHEIRO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31668/coralina.v4i2.14654

Resumo

Este estudo tem por objetivo compreender os processos de significação do corpo do monstro a partir dos quadrinhos Dora, de Bianca Pinheiro (2014), numa relação com a memória, história e ideologia que constitui os sentidos e os sujeitos mutuamente. Para tanto, inscrevemo-nos na Análise de Discurso, com base em Pêcheux (2007) e Orlandi (2007a, 2007b, 1998). Nos quadrinhos analisados, o sujeito-personagem Dora passa por um processo de mudanças relacionadas ao seu meio social, a partir de construções de corpos colocados como anormais, sendo apresentada como monstro. Na obra, o sujeito-personagem é tomado enquanto monstro, sendo constituídas por projeções históricas e sociais (COURTINE, 2011) que são ressignificadas no jogo entre o traço, a letra, as cores, que permitem produzir efeitos diversos, mas dentro de condições de produção específicas, possibilitando reflexões sobre o corpo e seu processo de monstrificação em contraposição ao normatizado, estabilizado.

Biografia do Autor

  • Fernanda Surubi Fernandes, Universidade Estadual de Goiás - Campus Ipor´´a. Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT - Cáceres.

    Doutora em Linguística pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Docente efetiva na Universidade Estadual de Goiás ­- UEG/Unidade Universitária de Iporá. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: analise de discurso, registros, mulher, prostituição, cidade, leitura, escrita.

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Publicado

2023-12-27