“Na chuva que cessa”:

reflexões sobre a figuração da chuva em fragmentos do Livro do desassossego e “Chuva Oblíqua”, de Fernando Pessoa

Autores

  • Patrícia Resende Pereira Universidade Federal de Ouro Preto

DOI:

https://doi.org/10.31668/coralina.v3i2.12787

Resumo

O presente artigo tem o intuito de discutir a maneira como a imagem da chuva se faz presente na obra do escritor português Fernando Pessoa. Para tanto, foi selecionado o fragmentos do Livro do desassossego, escrito por Bernardo Soares, semi-heterônimo de Pessoa, e o poema “Chuva Oblíqua”, do ortónimo Pessoa. Ao se estabelecer uma relação entre os textos, percebe-se que, no primeiro, a chuva aparece relacionada ao estado de espírito do poeta, como uma forma de refletir sobre o sentir, temática já recorrente nos escritos de Soares, enquanto no segundo, a imagem é o ponto de partida para uma viagem entre o exterior e o interior do ambiente, com quase nenhuma discussão sobre sentimentos.

Biografia do Autor

  • Patrícia Resende Pereira, Universidade Federal de Ouro Preto

    Pós-doutoranda da Universidade Federal de Ouro Preto. Doutora em Estudos Literários pela Universidade
    Federal de Minas Gerais (UFMG), na área de pesquisa Literaturas Modernas e Contemporâneas. Realizou
    doutorado-sanduíche na Universidade do Porto, em 2017, com financiamento da Bolsa de Investigação em
    Cultura Portuguesa para Estrangeiros da Fundação Calouste Gulbenkian. Mestre em Estudos de Linguagens
    pelo Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG), em 2012. Atua como
    professora de Redação, Literatura e Língua Portuguesa no Ensino Fundamental II e Ensino Médio. Tem
    graduação em Jornalismo e em Letras: licenciatura em português. Email: patriciarpereira@gmail.com

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Publicado

2022-06-24