SOROPREVALÊNCIA PARA HIV E SÍFILIS EM CAMINHONEIROS QUE TRAFEGAM PELA BR153 NO CENTRO-OESTE BRASILEIRO
Palavras-chave:
Dsts, caminhoneiros, vulnerabilidade, sorologia, HIV e sífilis.Resumo
Introdução e objetivos: O longo período fora de casa favorece o comportamento de risco para DSTs, como aids e sífilis entre caminhoneiros. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi verificar a soroprevalência para HIV-1/2 e sífilis entre os caminhoneiros. Metodologia: Os caminhoneiros foram recrutados em um posto de combustível na BR-153, Km 15, Goiás, entre fev/2014 e fev/2015 (CEP #065/2013). Um questionário estruturado sobre os dados sócio demográficos foi realizado e foram colhidos 10 mL de sangue para realização da sorologia mediante ensaio imunoenzimatico para anti-HIV-1/2 (Interkit™) e para anti-Treponema pallidum (Tp) (Symbiosys™) e se positivos, realizados o sequenciamento do gene pol (protease e transcriptase reversa) para identificar mutações de resistência aos antirretrovirais (ARV) e os subtipos do HIV-1, e o VDRL, respectivamente. Resultados e discussões: Dos 666 caminhoneiros, 0,9 %(n=6) apresentaram sorologia positiva para HIV-1, sendo dois do subtipo C, uma BF e uma B, dessas, nenhuma apresentou resistência aos ARV e duas não amplificaram. 3/6 caminhoneiros HIV-1+ afirmaram relacionamento com parceiros ocasionais e 1/3 afirmou prática de sexo desprotegido. A soroprevalência para sífilis foi de 10,4% (69/666), 16/69 (23,2%) apresentaram VDLR positivo, 29/69 relataram ter relacionamento com parceiros ocasionais sendo que 10,1 % (n=7) afirmaram não usar preservativo. Entre os que passam de 15 a 30 dias fora de casa a soroprevalência para sífilis foi maior (p<0,05). Conclusão: O longo período fora de casa, que reflete a ausência familiar, foi um fator preponderante para maior prevalência da sífilis e a infecção pelo HIV-1 de diferentes subtipos demonstra que os caminhoneiros continuam dentro de uma rede de transmissibilidade contribuindo para a disseminação das DSTs em todo o país devido sua grande mobilidade geográfica.Publicado
2015-06-08
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Análises Clínicas
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