DISPOSITIVOS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES E POLÍTICAS DE INCLUSÃO EM GOIÁS: CONDIÇÕES DE (IN) POSSIBILIDADE

Autores

  • Lorena Resende CARVALHO Universidade Federal de Goiás
  • Alexandre Ferreira COSTA Universidade Federal de Goiás

Palavras-chave:

Formação Docente. Discurso. Inclusão.

Resumo

O presente estudo pretende apresentar uma proposta de análise sobre a influência da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o futuro (OLP) no processo de formação continuada e nas práticas de sala de aula dos professores. Em face dos objetivos desafiadores do programa e com especial atenção aos processos de compreensão responsiva ativa característicos da dialogia (BAKHTIN, 2016), a intenção é, mais precisamente, verificar como e em que medida as orientações teórico-metodológicas a eles dirigidas interferem em suas concepções de ensino e, mais especificamente, em produção, reprodução e contradição dos conceitos acerca do ensino da língua escrita. Além disso, levando em conta que a Olimpíada é um programa que sublinha a propagada perspectiva de “Educação para Todos”, busca-se também analisar se os princípios de uma educação para a diversidade são evidentes nas vozes dos professores. Isto é, se os enunciados expressam distância ou aproximação entre a teoria (manifesta nos documentos legais que abordam sobre o tema) e as vivências e experiências dos professores nesta área. O exercício de análise dos discursos é possível mediante o estudo dos “relatos de práticas” (textos finais produzidos pelos professores inscritos na Olimpíada que evidenciam toda a sua trajetória no programa). Os resultados apontam para a possibilidade de produção de um sistema de dispersão em formação por efeitos de sentido contraditórios advindos de uma graduação que vai da mera reprodução à refração dos conceitos, objetos e modalidades enunciativas pelos docentes (FOUCAULT, 1992).

Biografia do Autor

  • Lorena Resende CARVALHO, Universidade Federal de Goiás
    Mestra em Educação pela PUC-GO, Graduação em Fonoaudiologia (PUC-GO); Graduação em Pedagogia (UEG). Doutoranda em Letras e Linguística pela Faculdade de Letras da UFG e membro do Grupo de Pesquisas Transdisciplinares e Aplicadas à Formação de Educadores (Grupo Portos – UFG/CNPq).
  • Alexandre Ferreira COSTA, Universidade Federal de Goiás
    Doutor em Linguística Aplicada (UnB), Pós-Doutor em Linguística (UnB), professor da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, membro efetivo do Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística (UFG) e líder do Grupo de Pesquisas Transdisciplinares e Aplicadas à Formação de Educadores (Grupo Portos – UFG/CNPq)

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Publicado

2018-06-29

Edição

Seção

Dossiê Estudos de Linguagem e Interculturalidade