USO DE GEOSSINTÉTICOS EM ESTRADAS NÃO PAVIMENTADAS
: AVALIAÇÃO EXPERIMENTAL EM UM MODELO DE GRANDE DIMENSÃO
DOI:
https://doi.org/10.31668/mirante.v16i4.14604Resumo
As estradas não pavimentadas interligam as vias principais a regiões mais afastadas, facilitando os acessos e o escoamento da produção agrícola, influenciando significativamente na economia dos países. Porém apresentam condições inadequadas de rolamento e aderência, capacidade de carga, conforto e durabilidade. Dentre as tecnologias disponíveis para solucionar os problemas associados a performance destas estradas, está o geossintético, utilizado para estabilização do subleito e reforço da base. Este estudo tem como objetivo avaliar em escala real três tipos de geossintéticos, sendo geotêxtil tecido (GTW), geotêxtil não tecido (GTNW) e geogrelha (GG), comparando o comportamento da estrada não pavimentada com e sem estes reforços. O delineamento experimental foi blocos casualizados, em esquema fatorial com testemunha, 3 x 4 + 1, correspondendo aos três tipos de Geossintéticos (GTW, GTNW e GG), quatro profundidades de instalação dos Geossintéticos (1, 2, 3 e 4) e uma testemunha sem G (G0), totalizando 12 tratamentos + 1 testemunha, com 3 blocos para cada tratamento, totalizando 39 unidades experimentais. Os resultados mostraram que estes materiais aumentam a resistência superficial da estrada, principalmente se instalados em menores profundidades, a partir de 0,10m, influenciando na redistribuição de tensões no interior do sistema, reduzindo os recalques e aumentando a capacidade da estrada não pavimentada de suportar os carregamentos que incidem sobre ela. Verificou-se que o deslocamento é mais acentuado quanto menor for a espessura da camada de solo acima do geossintético. Concluiu-se que os geossintéticos estudados, considerando a instalação de 0,10m (instalação mais próxima do rodado) o ganho foi de 20% a 33%.
Palavras-chave: estradas vicinais, reforço, trilha de roda, simulador de tráfego