Dinâmica da ocupação da frente litorânea de Aracaju, Sergipe: fases e padrões de assentamento
Dynamics of the coastal front occupation in Aracaju, Sergipe, Brazil: phases and settlement standards
DOI :
https://doi.org/10.31668/elisee.v12i01.13866Mots-clés :
Palavras-chave: Espaço costeiro, Expansão urbana, Impactos ambientais, Planejamento.Résumé
Resumo: O objetivo do artigo é apresentar os resultados de pesquisa que buscou investigar a dinâmica da ocupação da frente litorânea da cidade de Aracaju, Sergipe (SE) com base na delimitação das fases de ocupação, associado à identificação dos diferentes padrões de assentamento. A análise de cartas náuticas e o mapeamento da evolução da ocupação revelou que entre os anos de 1970 e 1980 houve um redirecionamento do fluxo populacional para a frente litorânea. Os primeiros bairros a serem ocupados efetivamente foram a Atalaia e Coroa do Meio, primeira e segunda fase da ocupação, respectivamente, seguidos da Zona de Expansão, que representou a terceira fase. A quarta fase refere-se à verticalização no bairro Atalaia, padrão incomum para frente litorânea até o final dos anos 2000, mas que tem se tornado predominante na paisagem. No que concerne aos padrões de assentamento, além da verticalização, verificou-se a existência de um padrão concentrado e parcialmente horizontal na Coroa do Meio e Atalaia e ocupação dispersa e/ou organizada em loteamentos na Zona de Expansão. Frente ao analisado depreende-se que não obstante o processo de ocupação tenha ocorrido de forma distinta, a lógica da ocupação do espaço costeiro aracajuano foi e ainda é marcada pela ausência de um planejamento condizente com a elevada fragilidade das unidades naturais, o que tem ocasionado grandes impactos.
Palavras-chave: espaço costeiro; expansão urbana; impactos ambientais; planejamento.
Dynamics of the coastal front occupation in Aracaju, Sergipe, Brazil: phases and settlement standards
Abstract: This research aimed to assess the dynamics of the coastal front occupation in the city of Aracaju/SE, Brazil, based on the delimitation of the occupation phases, associated with the perception of the different settlement patterns. After analyzing nautical charts and mapping the occupation progress, the results showed that from 1970 to 1980, the population flow was redirected towards the coastal front. The first districts to be effectively occupied were Atalaia and Coroa do Meio, the first and second phases of occupation, respectively, followed by the Expansion Zone, which represented the third phase. The fourth phase consisted in verticalizing Atalaia, an unusual pattern for the coastal front until the end of the 2000s, but which has become predominant in the landscape. Regarding settlement patterns, the verticalization process occurred and a concentrated and partially horizontal pattern was identified in Coroa do Meio and Atalaia, as well as dispersed and/or organized occupation in subdivisions in the Expansion Zone. The analysis showed that although the occupation process occurred differently, the logic of occupation in Aracaju’s coastal space was and still is highlighted by the absence of a planning that is consistent with the high fragility of the natural units, which has caused major impacts.
Keywords: coastal espace; urban expansion; environmental impacts; planning.
Dinámica de ocupación del frente costero de Aracaju, Sergipe, Brasil: fases y patrones de poblamiento
Resumen: El objetivo de esta investigación fue evaluar la dinámica de ocupación del frente costero de la ciudad de Aracaju/SE a partir de la delimitación de fases de ocupación, asociada a la identificación de diferentes patrones de asentamiento. El análisis de las cartas náuticas y el mapeo de la evolución de la ocupación revelaron que entre los años 1970 y 1980 hubo un redireccionamiento del flujo poblacional hacia el frente costero. Los primeros barrios en ser efectivamente ocupados fueron Atalaia y Coroa do Meio, la primera y segunda fase de ocupación, respectivamente, seguidos por la Zona de Expansión, que representó la tercera fase. La cuarta fase se refiere a la verticalización en el barrio de Atalaia, un patrón inusual para el frente costero hasta finales de la década de 2000, pero que ha pasado a ser predominante en el paisaje. En cuanto a los patrones de poblamiento, además de la verticalización, hubo un patrón concentrado y parcialmente horizontal en Coroa do Meio y Atalaia y una ocupación dispersa y/o organizada en los fraccionamientos de la Zona de Expansión. Del análisis se desprende que, a pesar de que el proceso de ocupación se dio de otra manera, la lógica de ocupación del espacio costero en Aracaju estuvo y aún está marcada por la ausencia de una planificación acorde con la alta fragilidad del unidades naturales, lo que ha causado grandes impactos.
Palabras clave: espacio costeiro; expansión urbana; impactos ambientales; planificación.
Références
ARACAJU (Munícipio). Lei Complementar nº 074 de 14 de janeiro de 2008.
BRASIL. Lei nº 7.661 de 16 de maio de 1988.
BIRD, E.C.F. Coastal Geomorphology: an introduction. 2. ed. Victoria: Wiley, 2008. 411 p.
BOWEN, R. E.; RILEY, C. Socio-economic indicators and integrated coastal management. Ocean & Coastal Management, [s. l], v. 46, p. 299-312, 2003.
BRITO, M.M.; ARAÚJO, M.A.D.de. Aparato Institucional para a Gestão do Turismo: o caso do estado de Sergipe. RAP. Rio de Janeiro, n.40 (2), p. 253-271, 2006.
FRANÇA, S.L.A.; REZENDE, V.F. A Zona de Expansão Urbana de Aracaju: Dispersão Urbana e Condomínios Fechados. In: Simpósio Nacional de Geografia Urbana. Belo Horizonte - MG, 2010.
FRANÇA, V.L.A.; CRUZ, M.E.da. Projeto de Reurbanização da Coroa do Meio: uma estratégia de inclusão social. Revista da Fapese de Pesquisa e Extensão. Aracaju, v.1, p. 43-54, 2005.
LUNDGREN, J.O.J. On access to recreational lands in dynamic metropolitan hinterlands. The Tourist Review. v. 29, p. 124-132, 1974.
MACEDO, S.S. Paisagem, Litoral e Formas de Urbanização. In: MMA – MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Projeto Orla: fundamentos para gestão integrada. Brasília: Ministério do Meio Ambiente e Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, p. 45-64, 2004.
MACHADO, E.V. Aracaju: “Paisagens e Fetiches”. Abordagens acerca do processo de seu crescimento urbano recente. Dissertação de Mestrado. UFSC, Santa Catarina, 1989.
MORAES, A.C.R. Contribuições para a gestão da zona costeira do Brasil: elementos para uma geografia do litoral brasileiro. São Paulo: Annablume, 2007. 225 p.
NOGUEIRA, A.D. Análise Sintático-Espacial das Transformações Urbanas de Aracaju (1855-2003). Tese de Doutorado. UFBA, Salvador, 2004.
PLANAVE. Evolução das Praias de Atalaia Nova, Atalaia Velha e da Barra do rio Sergipe – Modelo Matemático. Rio de Janeiro: Relatório, 1992.
PREFEITURA DE ARACAJU. PLANO DIRETOR DO DESENVOLVIMENTO URBANO DE ARACAJU, 2000.
RIBEIRO, N.M.G. Transformações Recentes no Espaço Urbano de Aracaju. Revista Geonordeste. Aracaju, n.1, p. 20-31, 1985.
VILAR, J.W.C. A Zona de Expansão de Aracaju: Contribuição ao Estudo da Urbanização Litorânea de Sergipe. In: VILAR, J.W.C.; ARAÚJO, H.M. de. Território, Meio Ambiente e Turismo no Litoral Sergipano. São Cristóvão: Ed. UFS, 2010.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Os autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos na Élisée - Revista de Geografia da UEG.
Os conteúdos publicados, contudo, são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores, ainda que reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution 4.0 que permite a distribuição deste material, desde que cumpra os seguintes requisitos:
- Atribuição — Você deve atribuir o devido crédito, fornecer um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações. Você pode fazê-lo de qualquer forma razoável, mas não de uma forma que sugira que o licenciante o apoia ou aprova o seu uso;
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais;
- SemDerivações — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, não pode distribuir o material modificado.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.