v. 2 n. 1 (2021): Edição Especial Junho 2021

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A Atâtôt – Revista Interdisciplinar de Direitos Humanos da UEG é uma publicação acadêmica semestral de responsabilidade da Universidade Estadual de Goiás. Seu objetivo é abrir espaços interdisciplinares para publicação de artigos, ensaios, resenhas e outros textos acadêmicos sobre o tema geral dos direitos humanos, com foco em temas relacionados à democracia, questões constitucionais e lutas sociais por direitos.

Em sua edição especial de junho de 2021, a Atâtôt – Revista Interdisciplinar de Direitos Humanos da UEG apresenta discussões inicialmente desenvolvidas no seminário internacional “X Pensar Direitos Humanos”, realizado pelo Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Direitos Humanos do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás, em novembro de 2019.

Nesse sentido, a Atâtôt – Revista Interdisciplinar de Direitos Humanos da UEG proporciona, em sua edição especial de junho de 2021, discussões sobre os direitos humanos numa perspectiva crítica, trazendo visões sobre a importância da(s) resistência(s) às ameaças neofascistas e ao autoritarismo bolsonarista, a essencialidade da relação entre memória e direitos humanos, o direito à alimentação na Argentina, a proteção eficaz de defensores e defensoras dos direitos humanos, as estratégias efetivas para se garantir os direitos humanos em tempos de neofascismo, e a qualidade atual da democracia brasileira.

O primeiro artigo, "Memória e suas Relações com Cronos e Kairós", dos Professores Dr. Solon Eduardo Annes Viola (UNISINOS, Brasil) e Dr. Paulo Peixoto de Albuquerque (UFRGS, Brasil), analisa a relação viva e constante entre memória e a experiência do presente, cuidando de aproximar memória, verdade e justiça dos pressupostos contemporâneos dos direitos humanos.

O segundo artigo, "O Direito à Alimentação em Tensão com Ações Coletivas Alimentares: O Caso de Córdoba (Argentina) no Início do Século 21", do Prof. Dr. Martín Eynard (Universidad Nacional de Córdoba, Argentina), analisa as características das ações coletivas alimentares na cidade de Córdoba (Argentina) entre 2001 e 2007, a fim de tensionar esses conflitos com o direito à alimentação, considerando contextos latino-americanos sob uma perspectiva sociológica.

O terceiro artigo, "Defensores de Direitos Humanos e Redes de Proteção: Uma Resposta a Ambientes Repressivos", de Mauricio Angels, Chefe de Política, Pesquisa e Treinamento da Protection International (PI, Bruxelas), examina os sistemas de proteção de direitos humanos para argumentar que a centralidade do Estado e as medidas protetivas individuais não são suficientes para garantir a integridade física e psicológica dos defensores de direitos humanos. Isso porque a experiência prática da Protection International mostrou que os defensores de direitos humanos devem ser assumidos como seres imersos nas lutas de suas comunidades, em sua relação com outros atores sociais e políticos, e em sua interação com territórios, na resistência a ambientes repressivos e violentos.

O quarto artigo, "Estratégias para Garantir os Direitos Humanos em Tempos de Ameaças Fascistas", do Prof. Dr. Pablo Romo Cedano (UNAM, México), examina algumas das estratégias mais eficazes para garantir o respeito e a promoção dos direitos humanos diante do neofascismo e do autoritarismo democrático que se apresentam, por exemplo, no caso brasileiro.

Por fim, o quinto artigo, "Democracia no Brasil e suas Implicações para os Direitos Humanos", do Prof. Dr. Carlos Ugo Santander (PPGIDH/UFG, Brasil) e dos doutorandos Carolina Hissa (PPGIDH/UFG, Brasil), Vanessa Coelho Guimarães (PPGIDH/UFG, Brasil) e Aletheia Woyames (PPGIDH/UFG, Brasil), explora, a partir da perspectiva do quadro metodológico teórico da qualidade da democracia, a evolução recente em relação aos direitos humanos, disputas, desafios e perspectivas no contexto político do governo do Presidente Jair Bolsonaro no Brasil.

Publicado: 12-11-2024